O Remo perdeu o turno, mas deu um passo à frente. O time mostrou-se capaz de evoluir e de reagir. Bem ou mal, está fluindo. Sempre que fala sobre o assunto, Leston Júnior lembra que está fazendo um trabalho para toda a temporada, etapa por etapa, buscando consistência. Por isso o processo lento, gradativo. O raciocínio é coerente pelo projeto, mas o discurso não terá eco em um clube imediatista, tomado por tanta interferência dos pitacos de amadores influentes.
Pelo que foi mostrado no segundo tempo do Re-Pa, Leston e seus comandados merecem um crédito, mas o alto comando do Remo não pode relaxar na vigilância à conduta dos seus profissionais. Deve manter atenção ao nível de compromisso com a causa do clube, dando suporte moral para Leston Júnior. Afinal, por melhor que seja o trabalho, se não houver comprometimento geral, a evolução que está ocorrendo pode ser interrompida ou não ser suficiente.
[colored_box color=”yellow”][one_half last=”no”]Mais cedo ou mais tarde, Welthon será titular do Remo. Além de força e técnica, ele tem características favoráveis ao seu encaixe. Tem respondido bem como substituto de Léo Paraíba e Marco Goiano. As entradas de Welthon têm favorecido o futebol de Ciro, por ser um elemento de aproximação. Além disso, Welthon contribui bem na primeira marcação.[/one_half][one_half last=”yes”]Ao empatar nos 90 minutos com o rival bicolor, o Remo completou 17 jogos sem perder em Belém – são 14 vitórias e 3 empates. O time azulino vinha tendo o mérito de não tomar gol em jogo aéreo, este ano. No Re-Pa, gol do Paysandu saiu em cabeceio de Eduardo Ramos (contra), ironicamente.[/one_half][/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 08/03/2016