Depois de uma sequência de treinos físicos puxados, nada melhor do que um jogo-treino sob um sol das 10h, em Belém, para que o torcedor possa constatar se um dos graves problemas do Clube do Remo – a falta de um melhor condicionamento físico – está superado ou ao menos no caminho certo para que o time tenha fôlego ao longo do Brasileirão da Série C.
A deficiência na parte atlética dos jogadores do Leão pôde ser constatada com facilidade nas apresentações do time, principalmente, no Parazão e Copa Verde, sobretudo no segundo tempo, quando a equipe costumava “pregar” em campo.
Os próprios jogadores admitem que o grupo necessitava de uma maior cobrança no aspecto físico, o que passou a ser feito desde a efetivação do preparador Eduardo Ortiz, indicado pelo técnico Marcelo Veiga, no cargo.
“Essa parte de treino físico é bastante cansativa, mas é a nossa base para o restante da temporada. Vamos colher os frutos lá na frente”, ressalta o volante Alisson, um dos remanescentes da pífia campanha do time nas competições anteriores.
A análise dele é compartilhada por outros atletas do grupo, como o atacante Fernandinho, recém-contratado. “Os trabalhos estão sendo fortes para que no dia da estreia e na sequência dos jogos o time não venha a sentir na parte física”, diz.
Para tentar deixar o time na ponta dos cascos, como diz o torcedor, Eduardo Ortiz tem lançado mão de diversos equipamentos, a maioria deles de propriedade do próprio preparador, que tem, assim, condições de monitorar o desempenho de cada um dos atletas.
Vale ressaltar que o Remo será uma das equipes que mais viajarão ao longo da Série C, devendo percorrer mais de 30 mil quilômetros, o que, convenhamos, desgasta fisicamente qualquer time.
Diário do Pará, 15/05/2016