Em 20 jogos oficiais nesta temporada, o Remo tomou 24 gols. Foram 11 gols em 13 jogos no Parazão, 3 em 2 jogos na Copa do Brasil e 8 em 6 jogos na Copa Verde. A média de 1,2 gol por jogo expressa uma vulnerabilidade, principalmente no jogo aéreo, cuja correção é missão prioritária de Marcelo Veiga.
Em nome da missão, Veiga priorizou jogadores de maior estatura ao apontar reforços como Brinner (1,89m), Lucas Garcia (1,83m), Michel Schmöller (1,84m), Allan Dias (1,85m), Fabiano (1,80m). Assim, o time remista passa a ter estatura média de 1,83m, uma das maiores, se não for a maior da história do Leão Azul.
Entretanto, essa estatura não é tudo. Veiga precisa ajustar posicionamentos. Nisso, ele conta com a voz de comando do zagueiro Brinner, que costuma ser “tagarela” em campo, orientando os companheiros.
Outra medida fundamental para a consistência defensiva deve ser a força nas duas primeiras linhas de marcação, executadas pelos atacantes, meias e volantes. Veiga está armando o time com três volantes, sendo dois deles com capacidade ofensiva – Michel Schmöller e Allan Dias.
Por trás de todo o plano, está o trabalho do preparador físico Eduardo Ortiz, para que o time cumpra as funções e jogue com intensidade. Vejamos tudo isso na prática, a partir de sábado, 21/05, contra o Cuiabá (MT).
Assim como vai servir à segurança defensiva, a avantajada estatura do time do Remo vai servir também ao jogo aéreo ofensivo, nas faltas e escanteios. Como a Série C tem apenas uma rodada por semana, Marcelo Veiga terá tempo para o ensaio de jogadas. A tendência é que o Leão Azul tire bastante proveito dos seus grandalhões nos chamados “lances de bola parada”.
[colored_box color=”yellow”][two_third last=”no”]Quem é Felipe Lopes no Remo? Esse profissional trabalha no Baenão há 1 mês sem ser notícia. Trata-se do novo analista de desempenho, função que era acumulada por João Neto, o “Netão”, técnico da base. Felipe Lopes foi apontado por Marcelo Veiga e trabalha no mapeamento de informações detalhadas dos adversários na Série C, como também do próprio time azulino. Os relatórios dele vão nortear o trabalho de toda a comissão técnica, tal como ocorre com êxito no Paysandu, a partir do trabalho de Cadu Furtado.[/two_third][one_third last=”yes”]Tsunami ganhando espaço no Remo de Marcelo Veiga, depois de ter sido preterido no time de Leston Júnior. Tsunami está treinando como lateral-esquerdo, enquanto João Victor permanece sob cuidados médicos. O clube está avaliando se contrata outro lateral, recupera e mantém João Victor, ou aposta em Tsunami.[/one_third][/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 19/05/2016