O jovem atacante João Victor, do Clube do Remo, é um dos exemplos de que a persistência pode levar a algum lugar. Apesar de ter somente 21 anos, o garoto já rodou por alguns grandes clubes do país e hoje é uma esperança de gols para o Leão. Porém, ele espera se recuperar logo de sua contusão no punho esquerdo para voltar ao time ainda nesta reta final do Campeonato Brasileiro da Série C.
João Victor conta que desde pequeno sempre quis ser jogador de futebol, ainda mais porque seu pai também jogou profissionalmente. “Essa paixão vem desde pequeno. Meu pai foi jogador de futsal e de futebol do Remo. Passei pela base do Paysandu. Depois, com 15 para 16 anos, joguei na Tuna. Joguei no Goiatuba (GO) e também no Santos (SP), no Paulistão, e fui muito bem por lá”, revela.
Do futebol paulista, o jogador retornou para o paraense, em 2015, onde defendeu o Tapajós no Parazão. Em seguida, chegou às categorias de base azulina. “Meu pai conhecia os treinadores de lá e fiquei treinando, mesmo sem ter idade. Como muita gente faltava, houve um jogo da base contra o time reserva e ele me levou. Fui bem, fiz gol, dei assistências e ganhei a minha chance ainda com o (ex-técnico) Zé Teodoro”, detalha.
Passaram ainda alguns treinadores pelo Leão, mas nem todos observavam o jogador. Ele chegou a ganhar chances com Leston Júnior e agora, com a chegada de Waldemar Lemos, vivia o seu melhor momento, até que sofreu uma contusão.
“Waldemar falou que ia jogar quem estivesse melhor e fui trabalhando. Segui treinando, fui tendo as oportunidades, até que apareceu a chance e fiz o gol (contra o River-PI). Infelizmente, contra o Botafogo (PB), me machuquei, mas sei que tudo tem seu tempo. É o tempo de Deus, estou me recuperando e em breve volto”, contou.
“O doutor Ricardo Ribeiro, que é uma pessoa que sempre me ajudou muito no Remo, conversou comigo sobre a lesão, que tinha sido uma fratura e que poderia ficar fora o resto da temporada. Pensei: ‘logo agora, que estou com esta chance que lutei tanto?’, mas ele disse que tinha a opção de botar o gesso ou fazer a cirurgia. Optei por fazer a operação. Faz cerca de 10 dias que me operei e já estou com quase todos os movimentos das mãos. Já voltei a treinar, dar uns trotes, trabalhar a parte física. Semana que vem vou trabalhar mais forte. Espero voltar a trabalhar no início de setembro, na semana do jogo com o Fortaleza (CE)”, projeta João Victor.
Diário do Pará, 28/08/2016