O empate diante do Salgueiro (PE), na noite deste domingo (04/09), deixou um gosto amargo na boca dos remistas. A expectativa era grande em vencer os pernambucanos, que brigam contra o rebaixamento. Entretanto, apesar da forte pressão exercida pelo Leão durante a maior parte do jogo, a vitória não veio. Em entrevista coletiva logo após o confronto, o técnico Waldemar Lemos lamentou a retranca do adversário e, posteriormente, ainda pediu mais união no clube.
“Nós vimos muito bem qual era a proposta do adversário e não poderíamos de maneira nenhuma perder a nossa cabeça. Infelizmente, a gente teve um gol logo aos 9 minutos e isso criou uma contrariedade. Mesmo assim, não sofremos mais tanto perigo e nos mantemos na frente. Os caras montaram uma parede. De qualquer forma, pontuamos”, amenizou o treinador.
Frente aos últimos resultados frustrantes na Série C – derrota para o ABC (RN) e empate com o Salgueiro (PE) – Waldemar Lemos rechaçou críticas ao seu trabalho e não acredita que o time esteja involuindo.
“Até então, enquanto se pontuou dentro de casa e tivemos pontuação fora, estava tudo bem. Agora começam a falar em ‘involução’ e buscar um monte de argumentos para justificar uma coisa que é normal no futebol (empatar em casa). São coisas que acontecem e a gente tem que ter calma. A solução é a gente continuar a trabalhar. Tenho apenas 2 meses aqui”, frisou o técnico.
Em certo momento do jogo, quando o Remo já era amplamente superior, mas ainda assim não conseguia levar perigo ao gol adversário, a torcida exigiu das arquibancadas a estreia do meia Flamel. O pedido acabou atendido no segundo tempo, mas com ressalvas do técnico.
“Acho legal. Existe uma ansiedade muito grande de se resolver as coisas, principalmente no futebol. O atleta chegou ao clube há pouco tempo e precisa se adaptar ao time, à competição, às coisas que a gente pede. Não é o mesmo campeonato que ele estava disputando (Série D). Precisa ter calma, não adianta se precipitar com nada”, apontou.
Na conversa com os jornalistas, Waldemar foi novamente questionado se fatores extracampo – como os quase 2 meses de salários atrasados – podem estar afetando o desempenho do Remo nos últimos jogos. O treinador saiu em defesa de seus comandados.
“Não só (mexe) a cabeça do atleta, mas a do Clube do Remo. A gente precisa estar ouvindo a todos, atentos ao que a gente precisa produzir no campo de jogo. Para resolver isso, que o Remo se una. O Remo precisa se unir e, a partir daí, você criar planejamento e tantas outras coisas que ajudem no futebol. A gente tem que ter calma. Não adianta ter intranquilidade, desespero, senão a gente não chega a lugar nenhum”, comentou.
“Estou gostando muito de trabalhar aqui, sou muito bem tratado, mas vamos nos juntar. Estamos dentro do G4, fazendo um trabalho sincero, honesto, justo. Os jogadores jamais falaram em fraquejar, em deixar de lado, deixar o Remo. Todo mundo quer trabalhar, mas obviamente todo mundo quer seus direitos. A gente precisa se unir”, completou Waldemar.
O time se reapresenta aos treinos na tarde desta segunda-feira (05/09). O próximo jogo do Leão na Série C é contra o Fortaleza (CE), no próximo sábado, dia 10/09, na Arena Castelão.
Globo Esporte.com, 04/09/2016
