O Clube do Remo, nos últimos anos, teve várias gestões, o que ocasionou sérios problemas para a equipe, dentro e fora de campo. Como não havia uma sequência de trabalho, o planejamento era mudado totalmente em pouquíssimo tempo.
A expectativa é que com as novas eleições no dia 12/11, a nova gestão consiga trabalhar durante o biênio 2017/2018 e ajustar o Leão para um bom caminho.
O diretor de futebol azulino, Dirson Medeiros, afirma que essas mudanças de comando atrapalham bastante os demais planejamentos.
“As muitas trocas de gestões acabam influenciando de forma negativa. Em 2 anos, tivemos 3 presidentes, não tem como um clube se organizar administrativamente assim”, afirmou o dirigente.
Dirson destaca que o Remo até teve algumas evoluções, mas com essas mudanças, até as dificuldades internas são maiores para trabalhar.
“Conseguimos avançar em alguns pontos, mas espero que, após as eleições, o próximo presidente tenha paz e tranquilidade para trabalhar em prol do Remo”, afirma.
Sobre a passagem de bastão para 2017, Dirson afirma que não há muitas conversas. “Está meio que um silêncio. Não estão marcando muitas reuniões conosco. Já estão pensando nas eleições. Vamos aguardar para ver como vai ficar isso”, afirma o diretor.
Depois de uma temporada cheia de turbulências e ainda com esperanças – mesmo que remotas – de voltar ao Campeonato Brasileiro da Série C, é importante que o Clube do Remo já faça algum tipo de planejamento para o próximo ano.
Em 2016, com uma eleição extraordinária sendo realizada em janeiro, às vésperas da primeira competição oficial, o Campeonato Paraense, montando um elenco às pressas e com problemas financeiros, as coisas não saíram como o esperado pela torcida. Foram muitos fracassos que poderiam ter sido evitados caso o Leão tivesse feito um trabalho prévio de organização.
“O sucesso no futebol vai muito do planejamento, tanto financeiro quanto na formação do elenco para a competição. A gente se planeja para toda a temporada, então temos uma perspectiva do que pode acontecer ao longo do ano, se precisaremos ou não de contratações, mudar o planejamento financeiro, que por enquanto, depende muito do nosso desempenho dentro de campo”, encerrou o diretor azulino.
Diário do Pará, 04/10/2016