André Cavalcante
André Cavalcante

Cumprindo o financiamento da dívida fechado no final de outubro de 2015 na Justiça do Trabalho, o Remo diz ter pago este ano R$ 1,9 milhão, depois de pagar R$ 2,5 milhões no ano passado. Quando o acordo foi fechado, o débito estava em R$ 12 milhões. A grande vantagem da negociação foi o congelamento do valor, sob a condição de o clube não descumprir o acordo.

O presidente André Cavalcante diz ter honrado o compromisso, com o repasse do patrocínio da Funtelpa (R$ 827 mil), do Banpará (R$ 490 mil) e do percentual de rendas: 30% (R$ 600 mil).

Sobre a negociação com o principal credor, Thiago Belém, o presidente disse que o acordo não foi consumado. A negociação feita em abril era para pagamento imediato de R$ 100 mil e 40 parcelas de R$ 40 mil, sempre no período de fevereiro a novembro, conforme informou na época o advogado Angelo Carrascosa, que conduziu a negociação.

Àquela altura, o débito do Remo com o ex-jogador estava em R$ 1,8 milhão. Thiago Belém foi uma revelação remista que jogou apenas 45 minutos no time profissional, tinha um salário baixo, mas com multa rescisória de R$ 900 mil. Buscou a Justiça do Trabalho por não receber salários e alegando ter sido humilhado no Baenão, em 2005, durante a gestão de Raphael Levy.

Se devia R$ 12 milhões e pagou mais de R$ 4 milhões nos últimos 11 meses, o Remo reduziu o débito em um terço, até porque não produziu novos processos trabalhistas no período. No entanto, o clube está fechando esta temporada sem dinheiro e com muitas pendências, devidamente negociadas, mas que precisam ser cumpridas para não resultarem em novas ações no TRT. O cenário azulino está ruim, mas já esteve bem pior.

[colored_box color=”yellow”]Usando das suas habilidades políticas, o deputado Milton Campos está tentando um consenso em torno da sua candidatura à presidência do Remo. As primeiras conversas foram com o também pré-candidato Manoel Ribeiro e com outras lideranças do clube.

Milton diz que não pretende enfrentar Manoel Ribeiro nas urnas e que busca entendimento também com o atual presidente André Cavalcante. Sem uma composição, ele deve dizer “não” ao grupo que esta semana lhe propôs a candidatura. Tudo isso se resolve nos próximos dias. Talvez ainda esta semana.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 06/10/2016