“Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come”, foi como o candidato à presidência do Remo, Manoel Ribeiro, manifestou-se em relação ao risco de ações judiciais contra as eleições presidenciais do clube. “Se o pleito for adiado, André Cavalcante vai impetrar uma ação. Caso contrário, nós que vamos mover um processo”, adiantou.
As eleições seguem sob risco de adiamento. Há dois fatores em questão: o primeiro dá conta de um suposto atraso na entrega da lista de sócios aptos a votar; o segundo refere-se à forma com que foi concedida anistia a mais de 400 associados.
Em nota, Cavalcante garantiu que a entrega da lista foi realizada no dia 18/10, ou seja, dentro do prazo de 25 dias de antecedência em relação às eleições, como rege o estatuto do clube. A Comissão Eleitoral do clube, porém, só reconhece a entrega do dia 20/10, já fora do prazo, quando o documento foi apresentado de forma completa.
Há, ainda, um questionamento em relação à anistia de mais de 400 sócios. Cavalcante disse ter se baseado no estatuto do clube, que fornece “plenos poderes” à diretoria para tal função.
Candidato da oposição e presidente do Condel (Conselho Deliberativo), Manoel Ribeiro, por sua vez, retrucou. “Como foi feita uma anistia de 400 sócios sem ninguém saber? Não foi feito edital, convocação, nada! Quais critérios foram utilizados nesta anistia? Por quê não chamaram todos os associados de forma aberta?”, questionou.
Tais argumentações também foram feitas pelo presidente da Assembleia Geral e integrante da Comissão Eleitoral, Robério D’Oliveira, pedindo mais transparência sobre como foi feita a anistia.
A Comissão Eleitoral do Clube do Remo deve se pronunciar acerca do adiamento – ou não – das eleições até este sábado (29/10). Até então, o pleito segue mantido para o dia 12/11, na sede social do Leão.
ORM News, 27/10/2016