A diretoria da Federação Paraense de Futebol (FPF) se reuniu, em caráter extraordinário, com os representantes dos 10 clubes da elite do Parazão 2017 para discutir uma delicada situação. Após 8 anos seguidos, o convênio com o Governo do Estado pode sofrer mudanças drásticas a partir da próxima temporada.
As equipes devem continuar recebendo suas cotas de patrocínio, mas o Governo sinaliza que não irá mais financiar a logística da competição. Com R$ 900 mil a menos, os deslocamentos, alimentação e hospedagem dos participantes se tornam um desafio financeiro.
Segundo o diretor técnico da entidade, Paulo Romano, a FPF não tem condições de arcar com esses custos sem a verba do Estado. A saída passa por várias soluções. Uma delas é reduzir custos e adequar a tabela e o regulamento para gastar menos com deslocamento.
“Faremos mais uma reunião para definir como deve ficar a tabela da competição e mais alguns ajustes para adequar ao orçamento. A estreia da competição, agendada para os dias 28/01 e 29/01, deve mudar de data”, antecipou o dirigente, assumindo que o adiamento deve ser de, no máximo, uma semana.
Outra alternativa é os clubes arcarem com os custos de viagem. “No último campeonato, tivemos gastos de R$ 900 mil. Daria cerca de R$ 90 mil para cada clube. Precisamos alertar os clubes que este ano eles vão precisar entrar com parte dos gastos”, avisou Paulo Romano, afirmando que ainda negocia para que ao menos parte do valor de logística seja assumido pelo Governo e, assim, os gastos para cada clube sejam reduzidos.
Os representantes de Cametá e São Raimundo afirmaram que não teriam condições de arcar com esses custos e já adiantaram que podem desistir da competição caso precisem arcar com todos os valores.
Diário do Pará, 30/12/2016