Para tentar manter os salários em dia, o Remo montou um projeto ousado, mas que se faz necessário por conta da crise econômica que assola o clube. Os azulinos decidiram manter a folha salarial para as competições do primeiro semestre deste ano em, no máximo, R$ 300 mil, montando o time com atletas da base e locais, com poucos jogadores de fora do Estado. Segundo o diretor de futebol do Leão, Marco Antônio Pina, a ideia é que a folha salarial fique neste valor até o início da Série C.
“Conversamos com o presidente e com o vice, que a Série C é outro nível. A partir de maio, vamos sentar e conversar para ver o orçamento do clube até novembro. Não sei para quanto vamos aumentar, mas vai ter que se aumentar. O nível é outro, os valores são outros”, argumentou Pina.
Apesar de ter R$ 300 mil como limite, o diretor ressalta que eles não pretendem atingir este valor, que pode ser pago com patrocínios e com as mensalidades do programa de sócio-torcedor.
“A gente quer sempre ter uma margem de R$ 50 mil a R$ 60 mil, para que, em uma situação eventual, uma posição pontual, a gente possa buscar jogador para o clube. Vamos pagar com o Nação Azul, que já começou a entrar um certo valor. Tem também alguns patrocínios. Quando não der, tem os abnegados que adiantam algo para receber depois”, garantiu o dirigente, revelando que se o limite for ultrapassado, ele e os demais diretores deverão pagar o excesso com dinheiro do próprio bolso.
“O doutor Manoel Ribeiro (presidente do clube) brinca, mas na hora de falar de Remo ele é sério. Ele falou que o orçamento é R$ 300 mil e se passar disso, Sérgio Dias (diretor de futebol) e eu que vamos pagar esse valor. Aceitamos o desafio. Temos a consciência que não vamos passar e, se passar, vamos ter que dar o jeito de pagar”, finalizou Marco Antônio Pina.
Diário do Pará, 08/01/2017