As incertezas que rondam o programa Sócio Torcedor do Remo, que já eram sérias ao longo da recente campanha eleitoral, começam a dar lugar a uma realidade preocupante para as finanças do clube.
Na contramão da tendência, que se ancora na receita dos programas de fidelização do torcedor, o Leão insiste na pauperização de seu programa – que em 2015 e começo de 2016, chegou a ter cerca de 9 mil sócios adimplentes.
Os desacertos envolvendo débitos do clube na área trabalhista comprometeram a liquidez do programa, mas não podem se transformar em algozes de um mecanismo dos mais eficazes para captação de recursos no futebol profissional.
Até o ressuscitado Bangu (RJ) anuncia o lançamento de seu programa de ST, o “Partiu Bangu”, com mensalidade de R$ 29 e expectativa de captar pelo menos 5 mil sócios nos próximos 2 anos.
No Remo, o anúncio oficial do novo gestor do programa, que já coordena o sistema de venda de ingressos, só amplia os receios quanto à sobrevivência do ST azulino. A lógica indica que os sistemas devem ser independentes e autônomos. A vinculação tende a enfraquecer o programa, pois o ingresso comum acarreta mais lucro e movimenta mais dinheiro.
Blog do Gerson Nogueira, 02/02/2017