Em dezembro, quando o elenco se apresentou para a pré-temporada com jogadores regionais, torcedores expressavam descrença e até desespero, enquanto rivais tiravam sarro. Josué Teixeira apostou no projeto de um time “operário” e introduziu apenas 8 importados: goleiros André Luis e Vinícius, zagueiro Zé Antônio, volantes Marquinhos, Elizeu e Renan Silva, atacantes Edgar e Nano Krieger.
Três meses depois, o Remo tem a melhor campanha geral em 7 rodadas disputadas do Parazão, quando ganha a volta de Eduardo Ramos. Alguns jogadores regionais ganharam credibilidade, principalmente Léo Rosa, Jaquinha e Tsunami.
O Remo é um time barato (R$ 290 mil por mês), em construção e em permanente provação. A cada jogo precisa provar que merece crédito. Assim, nessa pressão, com muito suor, vai avançando passo a passo, unindo forças dentro e fora de campo. São inegáveis conquistas de Josué, com sua liderança e transparência.
[colored_box color=”yellow”]As primeiras atitudes de Eduardo Ramos em campo, contra o Pinheirense, indicaram que ele está disposto a ser mais um “operário”. Tem talento para ser o “pianista” que faltava, mas sob a condição de também ajudar a “carregar o piano”, para se encaixar no projeto. Indo para sua 4ª temporada no Baenão, Eduardo Ramos tem 91 jogos, 25 assistências e 23 gols pelo Leão Azul.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 14/03/2017