Josué Teixeira
Josué Teixeira

A Copa Verde oferecia ao Remo, para os próximos 40 dias, a perspectiva de R$ 600 mil na semifinal ou mais de R$ 1,5 milhão se chegasse à decisão. Isso já organizaria a vida financeira do clube, que tem débitos tão diversos quanto urgentes. Além disso, o Leão estaria mais forte na semifinal e eventual final do Parazão, também com ótimas possibilidades de faturamento.

Ao ser eliminado pelo Santos (AP), o Remo sofreu impacto nas finanças e no emocional. O time, que já não inspirava confiança, agora passa a ser pressionado por uma torcida revoltada, tendo a missão nada fácil de eliminar o Independente do Parazão. Afinal, o clube azulino precisa fazer dinheiro para pagar salários, pendências na Justiça do Trabalho e no Profut.

A eliminação precoce na Copa do Brasil desmontou planos da gestão, mas foi facilmente digerida. Desta vez, na Copa Verde, é muito mais grave, por ter sido humilhante.

Como os profissionais azulinos vão reagir às pressões? O tratamento vai ser de “terra arrasada” ou haverá um crédito para Josué Teixeira e seus comandados?

Dias difíceis, de um jeito ou de outro! Neste semestre, resta apenas o Parazão e só o título salva a lavoura e, talvez, o projeto para a Série C.

[one_half last=”no”][colored_box color=”yellow”]Centenas de torcedores e muito carinho para os profissionais do Remo na chegada a Macapá (AP). Dois dias depois, protestos de torcedores com muito xingamento e até chuva de ovos e pipoca. Cobranças mais direcionadas a jogadores.

O técnico Josué Teixeira foi chamado pelo presidente Manoel Ribeiro para uma reafirmação de crédito. O técnico segue o trabalho, mas com alerta ligado.[/colored_box][/one_half][one_half last=”yes”][colored_box color=”yellow”]O favoritismo atribuído ao Remo no mata-mata com o Santos (AP) foi baseado, principalmente, nas limitações do time amapaense. A realidade, porém, mostrou o Leão apático e o Santos (AP) muito acima das expectativas.

É hora de dar a mão à palmatória e chamar atenção para a estrutura do “Peixe da Amazônia”, que tem campos de treinamento com grama natural, grama sintética e areia (beach soccer), quadra de futsal, piscinas e outros itens que Paysandu e Remo não têm.

Aparentemente, o Remo se deixou surpreender pelo vizinho. Não procurou conhecer o adversário. A soberba começou aí e se expressou bem em campo.[/colored_box][/one_half]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 05/04/2017