Henrique e Josué Teixeira
Henrique e Josué Teixeira

A eliminação precoce nas quartas-de-finais da Copa Verde trouxe pressão para o elenco e comissão técnica do Remo. Apesar de ter sofrido apenas a sua 2ª derrota em 14 jogos na temporada, o Leão pecou justamente em jogos de mata-mata. A primeira para o Brusque (SC), na fase inicial da Copa do Brasil, depois para o Santos (AP).

Na tarde desta terça-feira (04/04), quando desembarcou em Belém, o elenco foi recebido sob protestos do torcedor azulino. Ovos e pipoca foram jogados no ônibus, além de uma faixa com os dizeres “time sem vergonha”.

“Não adianta ficar passando a mão na cabeça falando que foi acidente de jogo. Não foi acidente nenhum. A reação da torcida já imaginava que iria acontecer. O que me deixa triste é que são 2 derrotas no trabalho, mas compreendo a torcida. Ela está no direito dela, sempre nos apoiou e dessa vez falhamos. Quando isso acontece, temos que assumir as consequências”, reconheceu o técnico Josué Teixeira.

“Agora, acredito que isso terá uma influência positiva. Quem tinha dúvidas do que era o Clube do Remo, ficou ciente agora. Tem que tirar proveito do que aconteceu e valorizar sua presença aqui no clube. Isso tem peso nas decisões que iremos tomar”, disse.

O Leão volta a campo no próximo sábado (08/04), contra o Paragominas, no estádio Arena Verde, quando encerra a fase classificatória. Já classificado às semifinais, os azulinos chegam pressionados para os 2 jogos diante do Independente Tucuruí. Uma nova eliminação, sem sequer chegar as finais do Parazão, aumentarão a desconfiança no projeto “cabano”, focado na reestruturação administrativa e apostando em jogadores regionais, com uma folha salarial de R$ 290 mil.

“A gente compra ingresso, vai para o jogo com sol ou chuva e eles não correspondem. É inadmissível! É uma sacanagem o que eles fazem com a torcida do Remo”, disse o eletricista Matheus Alsemo, que participou no protesto.

Globo Esporte.com, 05/04/2017