O Clube do Remo e o seu ex-técnico Waldemar Lemos tentaram um acordo nesta quarta-feira (03/05), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não conseguiram.
Atualmente no comando do Anápolis (GO), Waldemar cobra salários atrasados e demais encargos, como FGTS, 13º salário e férias proporcionais, entre outros, cujo montante é de R$ 321 mil, referentes ao seu trabalho na temporada passada, ainda na gestão de André Cavalcante.
Segundo o advogado David Merabet, o técnico havia acertado com o Remo um vínculo com validade de junho até o final de novembro, mas com a eliminação do time na Série C do Brasileirão, ele acabou dispensado antes do término, em meados de setembro. Nesse período inteiro, Waldemar recebeu apenas um pagamento, justamente o adiantamento do mês de novembro, que foi pago no ato de sua contratação, segundo informou o advogado.
“Entramos com uma ação reclamatória trabalhista cobrando salários atrasados e verbas rescisórias. O professor (Waldemar Lemos) fez um contrato de junho a novembro, mas em setembro foi mandado embora. Ele passou 3 meses e meio e recebeu apenas 1 mês. O processo é de R$ 321 mil. Hoje (quarta-feira) tivemos uma audiência para tentar conciliar, só que o Remo veio com uma proposta baixa, de R$ 70 mil. Entendemos que é melhor deixar seguir o processo”, disse Merabet.
Uma nova audiência ficou agendada para o dia 14/09, mas Pablo Coimbra, advogado do Remo, acredita em um acordo antes mesmo desta data. Ele pondera a necessidade de um ajuste na ação reclamatória, o que também teria dificultado o desfecho inicial.
“Tentamos fechar um acordo com o Waldemar (Lemos), mas não chegamos a um valor que contemplasse o interesse dos dois (clube e técnico). O advogado dele teve que ajustar algumas coisas na reclamatória e a juíza remarcou para setembro. Esperamos conseguir fechar um acordo sem necessitar da audiência e depois só pediremos a homologação”, explicou Coimbra.
Em Belém, para acompanhar a audiência, o ex-técnico do Remo lamentou o que chamou “final infeliz” da parceria firmada ano passado com o Leão. Por outro lado, Waldemar fez questão de destacar a boa vontade do então presidente André Cavalcante e relembra que o empate contra o Botafogo (PB) acabou determinando o fracasso na campanha da Série C.
“Tive uma boa passagem por aqui. Somente tivemos a infelicidade desse final, que digo que foi ocasionado pelo empate contra o Botafogo (PB). Tenho certeza que não foi do agrado do presidente André Cavalcante. Depois, acabei saindo e fiz um acordo que não foi cumprido. Ele sempre quis muito cumprir com suas obrigações, só que teve esse final infeliz comigo e com os jogadores. Agora tive que recorrer para essas pendências serem sanadas”, concluiu.
Globo Esporte.com, 03/05/2017