Erick Cavalcante e Léo Goiano

O empate com o Cuiabá (MT), na Arena Pantanal, pela 12ª rodada da Série C, pode não ter sido o resultado dos sonhos da torcida azulina, mas passa longe de ser um resultado ruim. A sensação de lamento é maior por causa das chances desperdiçadas pelo time azulino. Houve, ao longo da partida, ao menos 3 oportunidades claras para o Remo abrir o marcador e o ataque não soube concluir em gol.

Entretanto, se o ataque não fez, a defesa, por sua vez, também não deu oportunidades ao adversário. Essa foi a interpretação do técnico Léo Goiano.

“Vejo um processo de evolução. Fomos muito sólidos defensivamente, exceto um ou outro duelos individuais, que há necessidade de correção. Hoje, o time se entrega muito, ninguém pode negar. Agora, é preciso ser mais eficiente. Temos de criar oportunidade de gols e matar, porque o adversário, quando tiver a chance, não perdoa”, comentou.

Apesar do pouco tempo que teve para conhecer os jogadores e testar opções, Léo Goiano conseguiu encontrar uma formação eficiente no esquema, com 3 volantes.

“Defensivamente, o time foi muito compacto, mesmo com 3 volantes, e conseguiu dar intensidade ofensiva. Tanto que perdemos várias chances de concluir. Agora, cada jogo é uma história e não tenho certeza se para a próxima partida manteremos o sistema ou vamos tentar uma mudança”, avaliou.

Outro fator que citou como de evolução do time é o fato de não ter queimado as 3 substituições ao longo da partida, uma situação recorrente desde o começo por questões físicas.

“Tínhamos um problema crônico no aspecto físico. Foi evidente que fomos mais vigorosos fisicamente em Cuiabá (MT), mas esse vigor passa também pela organização tática. Você corre menos errado e se desgasta menos. Acredito que a equipe foi muito madura nesse sentido. Não dá para ter o ápice físico nesse momento, então temos de ser objetivos, dedicados e ‘correr melhor'”, explicou.

Diário do Pará, 02/08/2017