De forma polêmica, o Corinthians (SP) venceu o Vasco (RJ) na partida do último domingo (17/09), pela Série A do Campeonato Brasileiro, quando aos 29 minutos, Marquinhos Gabriel, que havia entrado no lugar de Jadson, foi até a linha de fundo pela esquerda e cruzou fechado para Jô abrir o placar, mas o atacante usou o braço direito para empurrar a bola para a rede. A impressão é de que a bola entraria mesmo sem Jô, mas a ação do atacante deixou o lance irregular e gerou críticas.
Agora, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu que o árbitro de vídeo será usado em todos os jogos da Série A do Brasileirão, mas só ainda não sabe quando vai implantar a medida. A entidade adiantou que, nos próximos dias, 64 árbitros e árbitros-assistentes passarão por avaliações, treinamentos teóricos e práticos nos moldes realizados pela Conmebol.
No Pará, o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paraense de Futebol (FPF), Fernando Sérgio, acredita que já é hora de implantar o sistema.
“A Fifa já fez os testes em importantes competições na Europa com o árbitro de vídeo. Se for implantado, vai evitar tantos equívocos e prejuízos para as equipes”, avaliou, ressaltando ainda que o programa de implantação é caro.
“Gira em torno de R$ 30 mil por partida. Penso que ficaria oneroso para nossa competição (Parazão) de 2018, mas penso também que poderíamos utilizar em um Re-Pa. Nosso clássico maior suportaria o investimento e seria mais uma atração. Quem sabe em um futuro próximo?”, disse.
O árbitro paraense Dewson Freitas (Fifa) avalia que a tecnologia do árbitro de vídeo só tende a contribuir positivamente com o trabalho dos profissionais do apito.
“Nós, árbitros, já utilizamos de duas tecnologias, que são a bandeira eletrônica e o rádio. Isso sempre facilita muito o nosso trabalho. Com o árbitro de vídeo, o número de reclamações por erros iam diminuir muito”, ressaltou, frisando que o uso de mais essa tecnologia é totalmente positiva para o futebol.
“Vejo pontos positivos. Infelizmente, o uso do árbitro de vídeo é muito caro, mas acredito que está muito próximo de acontecer em todas as competições”, comentou Dewson.
[colored_box color=”yellow”]De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, publicada na última quarta-feira (20/09), a maioria dos clubes (12) da Série A era contra a utilização da tecnologia somente em algumas partidas.
Atlético (PR), Atlético (GO), Atlético (MG), Corinthians (SP), Coritiba (PR), Fluminense (RJ), Grêmio (RS), Palmeiras (SP), Ponte Preta (SP), Santos (SP), Sport (PE) e Vitória (BA) estavam entre os descontentes ou reticentes com a possível implementação só em alguns jogos.
Chapecoense (SC) e Vasco (RJ) se dizem confortáveis com qualquer que seja a decisão tomada pela CBF. Bahia (BA), Cruzeiro (MG) e Flamengo (RJ) aguardavam detalhes por parte da CBF. Botafogo (RJ) e São Paulo não se manifestaram.[/colored_box]
Diário do Pará, 22/09/2017