Baenão
Baenão

O próximo domingo (22/10), será um dia de festa no centenário estádio Evandro Almeida, do Clube do Remo. Nesta data, o projeto “Retorno do Rei ao Baenão” fará a entrega da arquibancada que demanda para a Avenida Rômulo Maiorana (25 de Setembro), totalmente revitalizada e pronta para uso do torcedor.

Esta é a primeira parte do processo de restauração do estádio e os coordenadores do projeto acreditam que, até janeiro, quando começa o Campeonato Paraense de 2018, o Remo já possa jogar no seu próprio estádio, para um público de 5 a 10 mil pessoas. As obras não param e a comissão vem se doando diariamente para que a principal praça esportiva do clube fique em condições para jogos de médio porte.

O último jogo do Remo no seu campo foi realizado no dia 01/05/2014, diante do Independente Tucuruí, pela semifinal do Parazão, com o Leão goleando por 4 a 0. Depois, entrou em um processo de demolição para virar uma “arena” azulina, mas tudo não passou de um sonho do então presidente Zeca Pirão. O Baenão virou um espectro de estádio.

O projeto “Retorno do Rei ao Baenão” está recolocando a casa azulina em seu estado normal. É um trabalho custoso, lento, mas que vem sendo operado com segurança pelo grupo, que está dividido em comissões, cada uma com sua função especifica: organização, engenharia, logística, administrativa, secretaria, marketing, relações públicas e jurídico.

As obras seguem as normas de segurança do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Vigilância Sanitária, conforme destaca Luiz Fernando Rezende, diretor de marketing e frequentador do estádio desde 1993. O trabalho executado pelo grupo de torcedores tem o aval da diretoria do Clube do Remo.

“O presidente deu sua licença para tocar a obra e hoje estamos fazendo o trabalho com o material que estamos conseguindo arrecadar. Vamos conseguir alcançar as metas junto com a torcida”, afirmou Luiz, reforçando a importância da participação da torcida. “Os custos do projeto estão sendo bancados por doações e ainda não há nenhuma parceria fechada com o setor privado. Essas doações podem ser feitas em dinheiro ou em material de construção. Temos uma página no Facebook onde a torcida do Remo pode ajudar comprando produtos e camisas. O torcedor que quiser contribuir é só chegar junto com a gente, pois estamos diariamente no Baenão. Sempre tem algum integrante do projeto por lá”, disse.

O projeto está com mais uma campanha para o torcedor contribuir com as obras do Baenão: “Sócio Baenão”, com planos de R$ 33 (Sócio 33), R$ 50 (Sócio Penta) e R$ 100 (Sócio 100%), todos com vantagens.

“Associe-se, colabore com o ‘Retorno do Rei ao Baenão’, que juntos voltaremos para casa”, convidou Luiz.

Para domingo (22/10), a programação será especial com várias bandas locais, grupo de pagode, presença das Leoas, dirigentes do clube e das torcidas organizadas. Ainda neste mês, existem outras etapas a serem concluídas. Uma delas é a lateral que fica para o lado da Travessa das Mercês, onde seriam construídos os camarotes, que estão em fase de terraplanagem.

A pintura da área externa do estádio está sob comando de uma torcida organizada. A fachada do estádio da Almirante Barroso foi toda pintada de azul antes do Círio, com todos os escudos utilizados pelo clube desde a sua fundação, organizados cronologicamente.

“O trabalho segue firme e esperamos que até o Campeonato Paraense de 2018 possamos entregar a casa do Remo totalmente reformada”, concluiu Luiz Fernando.

O Liberal, 15/10/2017

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