Um dos primeiros objetivos do novo diretor de marketing e do programa Sócio-Torcedor Nação Azul, Glauber Pontes, é explorar de maneira positiva a marca “Remo”. De acordo com ele, o clube tem um potencial que é pouco ou quase nada explorado.
“O Remo tem uma marca muito forte e a gente tem que estruturar. Falo para todo mundo que não quero chegar para inventar a roda, mas para colocar os ‘pingos nos is’. O projeto é de termos, futuramente, uma Remo TV, por exemplo. Estamos buscando parceria com um remista de uma grande agência do Estado e isso tem tudo para dar certo”, disse.
“Hoje, vemos o Remo participando de 4 campeonatos: Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e Brasileirão. Na Série C, ao lado do Fortaleza (CE), foi o único time que teve todos os seus jogos televisionados nacionalmente”, continuou.
“A camisa do Remo é um ‘outdoor’ ambulante muito forte. Grandes empresas podem ter interesse, pois temos um público potencial na mão. O marketing vai trabalhar para fechar essas parcerias. Além disso, temos o estádio, que é um mecanismo e ferramenta que não foi utilizado esse ano”, completou.
Glauber explicou que o Nação Azul – plano de sócio-torcedor do Remo – é operado por uma empresa fora de Belém, mas que a intenção é trazer a administração para a capital paraense e investir para que o torcedor volte a ter confiança no projeto. Atualmente, o Leão conta com aproximadamente 1.600 sócios adimplentes. O planejamento para 2018 é que o programa atinja, no mínimo, 4 mil remistas em dia com as mensalidades, gerando uma receita considerável para o clube.
“Como também venho da arquibancada, as pessoas têm essa confiança de uma pessoa que pode fazer alguma coisa. Em 2015, no ano do acesso, tínhamos de 6 a 7 mil adimplentes. Em 2016, cerca de 4 mil. Hoje, são aproximadamente 1.600 adimplentes. A torcida não abraçou a causa, mas espero que ela volte e se veja em mim ali dentro. Hoje o dinheiro do sócio ajuda o clube no pagamento dos salários. Esperamos conseguir voltar a ter a média de 4 mil adimplentes. Quem sabe a gente consiga montar um time bom e ver no Campeonato Paraense o que vai dar”, declarou.
Glauber afirmou que hoje o Nação Azul trabalha em parceria com o projeto “O Retorno do Rei”, formado por um grupo de torcedores que trabalha na revitalização do estádio Baenão, e que a meta do programa é ajudar na efetivação do “Sócio Baenão”, que apresenta 3 planos de colaboração, onde o valor é destinado exclusivamente para as obras que visam reabrir o caldeirão azulino. O diretor aproveitou para destacar a força do torcedor remista, importante para o processo de reestruturação do Remo.
“A prioridade é o Baenão. Fizemos contato com as pessoas do projeto ‘Retorno do Rei’ e apresentamos o que iriamos fazer. Falamos que até dezembro esse dinheiro vai para o Baenão. É uma parceira, cedemos uma sala no Nação Azul para eles. O ‘Sócio Baenão’ está em andamento e a nossa ideia é fortalecer. O objetivo é fazer o dinheiro ir para as obras. Estamos pedindo para as pessoas fazerem o ‘Sócio Baenão’ até dezembro e, a partir de janeiro, a intenção é que eles migrem para o Nação Azul. Hoje, no sócio-torcedor, o dinheiro continua sendo do clube e o valor do ‘Sócio Baenão’ vai para o estádio”, informou.
“Temos uma torcida inacreditável. A torcida descobriu que tem amor por ela própria. A gente não tem ídolo há muito tempo e estamos sem títulos há alguns anos, mas ela se orgulha de si mesma. Recentemente, vi um post que me marcou. A pessoa escreveu: ‘Estou de boa. Faz tempo que vou ao estádio pelo clube e não pelo time’”, finalizou.
Globo Esporte.com, 16/10/2017