Faltam pouco mais de um mês para o início da Copa São Paulo de Futebol Júnior e o Remo começa a intensificar a preparação para a competição. Os adversários e a cidade onde o time paraense ficará sediado ainda não foram definidos, mas os azulinos irão com a ambição de conseguir fazer frente aos clubes das regiões Sul e Sudeste. Nesta segunda-feira (20/11), o volante Gabriel Augusto e , falaram sobre a expectativa para o principal torneio de base do país.
“A gente vem trabalhando desde o início do ano. Nosso primeiro objetivo foi ganhar o Campeonato Paraense Sub-17, que dá direito à vaga para a Copinha. Em paralelo, o Sub-20 vinha treinando também. Assim que conseguimos a vaga, com o título no primeiro semestre, acabamos unificando aqueles atletas que se destacaram no campeonato Sub-17 com o pessoal do Sub-20, que já vinha treinando, para fazer um elenco só para disputar a Copa São Paulo”, contou Raimundo Santos, técnico do time Sub-17 e assistente de Netão no Sub-20.
O principal desafio para a comissão técnica da base remista é manter os atletas com ritmo de jogo mesmo com um calendário escasso de competições. Para Raimundo, esse é um dos principais motivos para o desenvolvimento tardio os jogadores paraenses.
“Aqui temos essa dificuldade de rodar esses atletas, por conta dos nossos campeonatos. Por mais que se dê o melhor treinamento do mundo, no melhor espaço, com o melhor material, se não tiver situação de jogo, se não preparar eles durante os jogos também, não adianta. O fator emocional é fundamental na partida de futebol e na formação do atleta. Vamos enfrentar equipes na Copa São Paulo que fizeram de 40 a 50 jogos este ano em competições oficiais, que é por exemplo Campeonato Paulista, Brasileirão, Copa do Brasil, torneios Sul-Sudeste, Taça BH. São várias competições que a gente, infelizmente, ainda tem muito pouco aqui. Temos essa dificuldade grande, mas nossa ideia é ir o mais longe possível e esperamos fazer uma boa Copinha”, analisou.
Além de manter uma sequência de jogos, outro fator importante para o profissional é a experiência de jogos decisivos, como um Re-Pa, para a formação emocional os jovens atletas.
“Esse ano, no Campeonato Paraense, não tivemos Re-Pa. Às vezes, sai um atleta nosso para o elenco profissional e vai ter que jogar um clássico, mas ele não teve aquela preparação adequada na questão emocional. O amadurecimento dos nossos atletas acontece muito tarde por conta dessa pouca rodagem, com 24, 25 ou 26 anos. Se não sair para jogar, acabam rodando muito pouco. No Remo, já conseguimos revelar vários atletas, que estão no clube desde 2011, na geração de Jonnathan, Betinho, Reis, Jayme, Alex Ruan, Tiago Cametá. Agora que eles estão em um processo de amadurecimento. Rodaram um pouco aqui, mas agora que estão se formando como atletas, bem melhores do que já eram”, argumentou.
Gabriel Augusto tem 19 anos e é volante, mas também pode atuar na lateral-esquerda. Ele revela estar ansioso para disputa pela primeira vez a Copa São Paulo. Ao mesmo tempo, evita falar no futuro e se poderá ser utilizado por Ney da Matta no time profissional do Leão.
“Já assisti muitas Copas São Paulo e sempre foi um sonho. Cresci na base do Remo, onde estou desde os 9 anos. Sempre assisti e sempre foi meu sonho participar. Esse ano estou tendo a oportunidade. Vamos trabalhar bastante para chegar lá no nível que quem a gente espera que esteja no nosso grupo. Ainda é cedo para falar (em jogar no profissional). Estou trabalhando totalmente focado no Sub-20, na Copa São Paulo. Desde o começo do ano estamos pensando nisso. Torcemos para o Sub-17 ser campeão do estadual, para conseguir essa vaga. Conseguiram, graças a Deus e ao bom trabalho do Raimundo (Santos) e do Netão. Agora é trabalho focado totalmente no Sub-20”, afirmou o garoto.
Globo Esporte.com, 21/11/2017