O Re-Pa de hoje à tarde, no Mangueirão, será a oportunidade ideal para a afirmação definitiva de dois jogadores. De um lado, Val Barreto ainda precisa de um grande desempenho em uma partida importante para conquistar definitivamente a confiança da torcida azulina. Do outro, João Neto quer aproveitar a maior rivalidade do futebol local para confirmar o bom momento que o fez um dos artilheiros do Campeonato Paraense. No centro desta disputa pessoal, a rivalidade histórica e a briga pela liderança do primeiro turno dão o tom da edição 713 do Clássico Rei da Amazônia.
Nada melhor do que um clássico tradicional, com uma boa média de gols (2,5 por partida), para alcançar esses objetivos. Não são poucos os jogadores que entraram para a história dos clubes graças ao confronto. Que remista não lembra o predestinado Ailton, que entrou no decorrer da decisão estadual de 1999 para marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o maior rival, garantindo o título de 1999? Os bicolores também jamais esquecerão Mendonça, responsável por um golaço do meio de campo sobre o goleiro Paulo Vítor, assegurando o título de 1992, após quatro vitórias consecutivas por 1 a 0 sobre os azulinos.
“Espero esse jogo desde o começo do campeonato. A ansiedade é muito grande, mas preciso controlar esse sentimento para ir bem. Existem muitos clássicos pelo Brasil, mas sei como o Re-Pa mexe com a cidade e os torcedores”, comentou Val Barreto, que já se tornou o mais novo xodó da torcida remista. Depois de ter marcado três gols nos três primeiros jogos do Parazão, ele vive uma lua de mel com o Fenômeno Azul.
O jogador iniciou a temporada como reserva, mas os dois gols marcados contra Santa Cruz de Cuiarana e Tuna Luso lhe garantiram o posto de titular, ao lado de Paulista, já na partida diante do Cametá, na segunda-feira passada, quando voltou a balançar as redes adversárias. Agora, o camisa 9 remista quer coroar o ótimo momento com uma bela atuação logo no seu primeiro Re-Pa. “Sei que a rivalidade entre Remo e Paysandu é histórica. Por isso, quero muito fazer parte desta história. E a melhor maneira é fazendo gols”, ressaltou.
Só que o Paysandu também tem sua arma calibrada para o clássico. O baixinho João Neto divide a artilharia do campeonato com o colega Rafael Oliveira – ambos com 4 gols -, mas sabe muito bem como é importante para qualquer atacante deixar sua marca no Re-Pa. “Creio que um gol num clássico vale mais, sim. É o que a torcida espera, um gol e uma vitória no clássico”, observou João Neto.
Considerado o melhor jogador do time bicolor neste início de ano, João Neto vê o Re-Pa como uma grande oportunidade de consolidar a condição de destaque do time na competição. “Vai ser meu primeiro Re-Pa e a ansiedade é diferente. Já disputei outros clássicos, mas cada um tem suas características. Estou numa expectativa muito boa e tranquilo para encarar a partida”, comentou o atacante bicolor. “Minha motivação é dar continuidade ao meu trabalho, fazer mais gols. Por se tratar de um clássico é especial”, disse.
O Liberal, 26/01/2013