Remo 1x1 Manaus-AM (Levy)
Remo 1x1 Manaus-AM (Levy)

Nas suas melhores épocas, o Clube do Remo mantinha basicamente o mesmo time por até 3 temporadas. Nas últimas 4, porém, vêm tendo 3 times e até 3 técnicos por ano. São elencos em permanente reconstrução, em um clube sempre tumultuado e tenso pelo acúmulo de frustrações e sempre insistindo na busca de soluções “mágicas”.

Este ano, o trabalho azulino no futebol mostra grandes avanços, mas já está à prova, depois do fiasco na Copa Verde.

É fácil constatar que os times de sucesso na atualidade, em todos os patamares, são os que dão continuidade a pelo menos 70% do time. Isso vai das grandes potências internacionais a clubes do interior do Pará.

O Cametá, por exemplo, perdeu a força que tinha ao desmontar uma base que durou de 2010 a 2015. O Independente é o clube paraense que menos mexe no elenco. Isso explica muito do sucesso do time de Tucuruí. O Castanhal, apesar do grande potencial, patina a cada ano e também não sabe o que é continuidade.

Os clubes precisam compreender que futebol é processo: etapa por etapa, dentro de um projeto. A cobrança insana por resultados imediatos os mantém em eterno recomeço, altíssimos custos e resultados sempre abaixo do potencial. Por isso que profissionais escorraçados de Belém, por causa de fracassos, aparecem fazendo sucesso em outros centros.

O projeto e os processos devem ser cumpridos na gestão do futebol desde as categorias de base, dentro e fora de campo. Só assim é possível ser competente na formação, no aproveitamento e na exploração comercial do jogador.

Avaliando esse caminho ideal, vemos os nossos principais clubes na contramão, justificando o que não dá certo muito mais do que buscando mudanças de concepção.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 18/02/2018

11 COMENTÁRIOS

  1. Corretíssima esta opinião, os clubes no Pará não dão tempo para os profissionais trabalharem de forma adequada e qndo o profissional chega por essas “bandas” já vem com um planejamento para tentar dar uma resposta imediata, mas geralmente não é este tipo de trabalho que deu notoriedade ao mesmo, e acaba indicando jogador que sem nenhuma identificação ou responsabilidade com o clube acaba por não se adaptar e assim muitas vezes vira fiasco, sabemos que o ideal é a qualificação, mas com planejamento a médio e longo prazo.

  2. Remo e Paysandu não repetem s mesma equipe de ano para ano a muito tempo.Mas comentários tendenciosos é uma prerrogativa deste comentarista.

  3. Parabéns Carlos Ferreira . Finalmente um jornalista esportivo que faz a torcida enxergar com clareza a necessidade de continuidade de um trabalho. A maioria se promove jogando as torcidas contra os clubes, sendo de forma significativa, responsável pelo fiasco do futebol do Pará junto com a FPF. Sem dúvida, o Clube do Remo, tem sido a maior vítima de tudo isso. Acordem Azulinos! Temos que ter paciência e dar crédito para um trabalho de médio e longo .

  4. na proxima quarta feira vai ser um massacre um verdadeiro vexame , com esse time que não tem coração nem raça ou coragem . vai ser um massacre mesmo.

  5. O problema não é somente a mudança, as vezes a mudança é necessária. O problema é a qualidade dos jogadores contratados. Os jogadores da seleção quase não treinam e as convocações, as vezes mudam.
    Acontece que lá o técnico lida com bons jogadores. O remo não consegue nem trazer jogadores razoáveis.
    Assistam esta defesa jogar, eles não tem noção de marcação , nem de ocupar espaço. Quem resolve são os que estão dentro de campo, bons jogadores, com a orientação do técnico.
    . O treinador por ex: não pode bater penaltis., mas ele tem parcela de culpa por não ter um batedor oficial e não treinar intensamente esta deficiência.

  6. Em parte a questão da longevidade é verdadeira, agora quando vemos ano após ano, as mesmas besteiras sendo feitas, os mesmos profissionais, tanto de comissão técnica, quanto de jogadores, trazidos à Belém sem terem a menor condição de aqui estarem, quando vc vê um time sem padrão nenhum, um time de peças com qualidades bem duvidosas etc, etc, isso sim é difícil, aí caro escritor de abobrinhas, vc liga lá na CBF e pede pra eles pro Campeonato ter 2 anos também, pq campeonato de 6 meses e muito rápido e o time precisa de tempo, ora faça-me o favor, pq no final do ano com essa comissão e time medíocre o time cai pra série D. Será que no Remo quando alguém seja da comissão técnica ou jogador é contratado não é checado seu histórico??? Salvo raríssimas exceções, creio que não deva ser feito, ou alguns nem estariam aqui!!! Agora uma coisa apenas sejam homens e pelo menos paguem os funcionários direito, esses sim são os verdadeiros guerreiros.

  7. Concordo com o demétrio, vejam bem, pelo que tenho acompanhado na imprensa o remo contratou no inicio do ano quase dois plantéis pagando em média 10 mil mensais a cada um.Para mim eles não valem isso ,mas isso é uma outra discussão. Esses jogadores me parece, foram indicados pelo treinador atual.Se o treinador for dispensado o outro treinador vai apontar mais jogadores a serem contratados e no final das contas as ações judiciais dos dispensados levarão as finanças do clube para um buraco mais fundo.Porque o clube não contratou um número menor de jogadores ,privilegiando a qualidade em vez de quantidade.

  8. Concordo em continuar com pelo menos 70% do plantel de uma temporada para outra, desde que os jogadores tenham boas qualidades. Para isso, defendo selecionar os jogadores que melhor se destacaram no campeonato regional e contratar. Avaliar o que há de melhor nas categorias de base e subir ao profissional. E se precisar, complementa o plantel com alguns bons jogadores de fora.

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