Rodriguinho
Rodriguinho

Um dos reforços do Remo para a temporada, o meia Rodriguinho busca se readaptar ao futebol brasileiro depois de atuar por 8 temporadas no exterior. As passagens por clubes dos Emirados Árabes e da Coréia renderam experiências importantes, segundo ele, para a carreira. O jogador de 30 anos revelou que escolheu o Leão na volta ao Brasil por um único motivo: a torcida.

“É muito bom essa experiência de conhecer outros países, culturas e escolas do futebol. Sou muito grato por ter passado esse tempo fora do Brasil. A cultura é totalmente diferente da nossa. O clima é muito quente. O calor é diferente. Lá é deserto, então, a impressão é que está abrindo o forno de casa e, com o vento, a sensação é pior. Por isso, em determinadas épocas do ano, os treinos acontecem à noite, mas até no período noturno é muito calor. Às vezes chaga a fazer de 38°C a 40°C à noite, mas é sem sol e já ajuda”, contou.

“Na volta (ao Brasil), tive outras propostas, do futebol mineiro e paulista, mas a minha decisão foi basicamente pela questão da torcida. Conversei com dois amigos, o Max (zagueiro) e o Yuri (volante). Foram duas pessoas decisivas para eu vir para cá. Também teve o (ex-técnico) Ney da Matta, que fez o convite”, disse.

“Acreditei no projeto e acredito até hoje. As pessoas que estão no Remo têm total capacidade para colocar o clube na Série B e vencer o Campeonato Paraense. No mundo árabe, os estádios ficam vazios, porque lá não tem a paixão do brasileiro. Isso era algo que buscava e só poderia encontrar no Remo”, afirmou Rodriguinho.

Recuperado de uma lesão na coxa que o tirou dos últimos dois jogos do Remo no Estadual, o meia se colocou à disposição do técnico Givanildo Oliveira para o confronto do próximo domingo (11/03), diante do Paysandu. Um dos três meias de ofício que o time azulino tem no elenco, o mineiro acredita que ainda pode evoluir e deslanchar de vez com a camisa azulina.

“Sei da qualidade do meu futebol. É um grupo forte e acredito que possa render ainda mais para o Remo. A chegada do Givanildo pode fazer com que eu cresça muito para me enquadrar, buscar a titularidade e ajudar o máximo que puder”, afirmou.

“Costumo jogar de 10, sou dinâmico e com passe rápido. Não gosto de carregar a bola e de ficar com ela no pé. Sou mais dinâmico. Além disso, costumo ajudar na marcação, até porque já joguei atrás, de segundo volante. Gosto de bola parada. Meu número de assistências é maior que o de gols. Me destaco na criação. Em 12 jogos nos Emirados, tive 12 assistências e 5 gols. No Remo, acho que já consegui 3 assistências, todas de bola parada”, contou.

Em razão da demora na regularização, Rodriguinho ficou de fora do primeiro Re-Pa de 2018. Agora, pronto para a estreia no clássico, o atleta afirma que o maior rival do Leão tem a pressão de fazer o resultado em razão da vitória remista por 2 a 1, de virada, no Mangueirão. Porém, ele faz o alerta para que o Remo faça uma partida tão regular quanto a anterior para sair comemorando mais um triunfo diante do Fenômeno Azul.

“Semana de clássico é totalmente diferente. Concentração e foco são diferentes porque o jogador sabe da importância do jogo. Pelo fator do Remo ter ganhado o primeiro, o Paysandu entra com a obrigação de ganhar esse, mas a gente não pode deixar que isso impulsione eles. No primeiro, conseguimos vencer e convencer. O campo estava pesado e cheio de poças. Mesmo devido às condições do gramado, foi um excelente jogo”, lembrou.

“Espero que a partida tenha qualidade dos dois lados, que a torcida encha o estádio e faça uma festa linda. Fazer um gol seria um sonho. Na semana do Re-Pa, a gente passa o tempo sonhando, acordado ou dormindo, em fazer o gol para dar a alegria para a torcida”, concluiu o meia.

Globo Esporte.com, 05/03/2018