A função existe há apenas uma década no futebol do Pará. O cearense Sérgio Papelin foi o primeiro profissional de mercado na região. Trabalhou no Remo em 2008. Depois dele, o Leão teve como executivos de futebol: Armando Bracalli, Emerson Dias, Fred Gomes, Gian Dantas, Zé Renato e Ari Barros.
Afinal, o que esses profissionais de mercado acrescentaram?
O executivo de futebol surgiu nos clubes para, principalmente, otimizar os negócios em contratações, vendas, empréstimos. É um profissional que deve se diferenciar pela rede de contatos, pelo conhecimento de futebol, pela habilidade ao negociar e, sobretudo, pela confiabilidade. É um cargo de confiança!
Se o clube acerta na contratação do executivo, tende a acertar nas demais. Se erra, sofre as consequências nas contratações seguintes. A honestidade, nesse caso, chega a valer mais que a competência. Afinal, o mercado do futebol está cheio de tentações.
Dados incontestáveis mostram que os executivos pouco ou nada acrescentaram no aproveitamento das contratações do Leão.
De 2008 a 2018, foram 425 contratações no Remo para o elenco e comissão técnica. Não mais que 10% fizeram sucesso. Nada diferente do nível de aproveitamento na época em que os cartolas contratavam a esmo, pelo telefone, influenciados por empresários que, geralmente, plantavam o técnico que pediria os jogadores do mesmo empresário.
Viciado em contratação, o Leão precisa ser rigoroso nos seus critérios de seleção do seu “homem de mercado”, pois já houve espaço para empresário de jogadores na função: algo como a raposa guardando o galinheiro. Nada pode mais absurdo na gestão de um clube de futebol!
Reforma do Estatuto
Começa nesta segunda-feira (27/08) e vai até 10/09 o prazo para associados adimplentes do Remo protocolarem propostas de emenda ao Estatuto azulino.
Seguramente, a temperatura vai subir nas próximas sessões do Conselho Deliberativo, em discussões calorosas por casuismo eleitoral, entre 5 grupos que pretendem disputar o poder nas eleições de novembro.
As viagens do Leão no Parazão
No cruzamento de chaves do Parazão 2019, o Remo vai viajar bem mais que o rival Paysandu, a partir do segundo fim de semana de janeiro.
O Leão irá a Santarém (São Raimundo), Tucuruí (Independente) e Marabá (Águia), além de visitar o vice da Segundinha, que ainda não começou sua disputa.
O time bicolor, por enquanto, só tem estrada: Bragança (Bragantino), Castanhal (Castanhal) e Paragominas (Paragominas), além de visitar o campeão da Segundinha.
No formato do campeonato, times do Grupo A enfrentam times do Grupo B, em ida e volta, na fase classificatória.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 26/08/2018