Sem dúvidas, a renovação de contrato com o goleiro Vinícius na quarta-feira passada (12/09), com vínculo até o final de 2020, é fundamental para as pretensões do Clube do Remo em campo. Regular, seguro e um dos braços da comissão técnica nos gramados, as características do profissional apenas confirmam a prioridade por parte da diretoria de futebol na ampliação do compromisso.
No entanto, a continuidade de Vinícius no Leão vai além. Conforme a presidência azulina, o laço entre as partes se sobrepõe ao esporte e atinge o principal apoiador remista: a torcida. A raiz iniciada em campo terá como fruto a “construção de um ídolo” que irá poder ajudar a equipe no marketing em outras áreas, especialmente para a reaproximação com os torcedores.
A estratégia faz sentido, uma vez que, desde 2010, o Remo contou com poucos atletas no plantel que criaram essa empatia com a instituição. De acordo com o presidente Manoel Ribeiro, o camisa 1 azulino possui fatores naturais para ficar marcado na história da equipe.
“Todos sabem que temos um goleiro excelente em sua função. Um rapaz correto, habilidoso e que tem orgulho de vestir a camisa do Remo. Até os rivais já quiseram ele, mas ele tem o Remo consigo e tem tudo para ser o nosso ídolo, coisa que, a meu ver, já é. Ele vai nos ajudar bastante com o seu profissionalismo em 2019”, disse.
Quanto à imagem de Vinícius, é prometida uma atenção extra.
“Desejamos o mesmo sucesso na sua vida profissional. É um jogador que fez por merecer todos os elogios e críticas positivas. É uma renovação consciente e vamos cuidar disso pelo que ele representa para a torcida azulina”, disse o diretor comercial, Rafael Dahas.
A representatividade de Vinícius atualmente é o que cativa o Fenômeno Azul. Humilde e ao mesmo tempo feroz nas partidas, a receptividade por parte da torcida, por mais que reflita o seu bom desempenho, se ampara também na falta de ídolos recentes do clube. Exceção ao arqueiro, o mais recente foi Eduardo Ramos, que deixou o Remo ao final do ano passado, após 4 temporadas.
De 2010 para cá, a quantidade de atletas que renderam com a camisa azulina foi pouca, sendo que o número foi composto por jogadores que já tinham feito história no Baenão, mas retornaram ao clube em decadência, como no caso do goleiro Adriano Paredão, o meia Gian e o atacante Landu.
Veja a seguir os jogadores que conquistaram status de ídolos azulinos desde 2010:
2010 – Gian e Landu
Peças que fizeram história com a camisa azulina e que cresceram profissionalmente em conjunto com o time, os dois jogadores atuaram pelo Remo em 2010, mas sem o embalo que os consagrou anos antes, com conquistas do Parazão invicto (2004) e da Série C (2005).
2011 – Adriano Paredão
Adriano retornou ao Leão com o status de ídolo, mas sem tanta maestria como em temporadas passadas, como em 2008, ano em que o jogador chegou até a marcar um gol de falta.
2012 – Fábio Oliveira e Adriano Paredão
O goleiro Adriano continuou no elenco azulino para a temporada seguinte e, como companheiro de grupo, atuou ao lado de Fábio Oliveira, também ídolo azulino. O atacante, porém, também já não se encontrava no seu auge. Mesmo assim, foi artilheiro da equipe no ano, com 13 gols marcados, sendo o maior marcador remista pelas últimas temporadas. Em 2007, balançou as redes em 22 oportunidades, meta até hoje a ser batida.
2014 a 2017 – Eduardo Ramos
Principal contratação recente remista em termos financeiros e de marketing, a chegada de Eduardo Ramos não foi bem vista por ter vindo do maior rival. Contudo, o meia fez por merecer a badalação e foi o principal atleta da equipe durante 4 temporadas, sendo considerado assim como ídolo. O seu auge foi em 2015, quando ajudou a equipe diretamente com o acesso à Série C.
2018 – Vinícius
Embora a sua atuação em 2017 já tenha chamado atenção de todos, foi este ano que Vinícius conquistou o status de ídolo, por ter atuado em grande parte dos jogos oficiais, diferentemente do ano passado, quando jogou apenas a Série C. O comportamento dentro e fora de campo é o que tem respaldado o profissional, mesmo pelo seu tempo curto de Remo. algo que deverá ser suprido pela sua ampliação de vínculo para os próximos 2 anos.
Diário do Pará, 18/09/2018
Não vejo Eduardo Ramos como um “ídolo”. Primeiro que para ser ídolo o atleta tem que ter a grande maioria ao seu lado, uma regularidade constante de bom futebol, dentre outros. Coisas que ele não teve, apenas jogou 4 temporadas aqui, o que, de fato, é até difícil nos dias de hoje, mas foi um jogador de fez uma boa temporada, 2015, e só!
Pra mim, não passou de um bom jogador, no máximo.
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