Até o início da noite de sexta-feira (19/10) deverá ser divulgada, pela Junta Eleitoral do Remo, a condição da chapa de Manoel Ribeiro e Hilton Benigno para as eleições do clube. Este é o prazo final determinado pelo estatuto do clube para um veredito sobre a impugnação da candidatura do atual presidente, que tenta a reeleição.
“O estatuto nos permite que até sexta-feira, às 18h, possamos entregar esse resultado”, explicou o presidente da Junta, João Moscoso.
Três chapas pleiteiam assumir o comando do Conselho Diretor (Codir), que funciona como o poder executivo do Remo. Duas delas foram aprovadas: a Chapa 20, de Fábio Bentes e Cláudio Jorge; e a Chapa 30, de Marco Antônio “Magnata” e Francisco Rosas.
A Chapa 10, que tem Ribeiro e Benigno como candidatos a presidente e vice do Codir, está momentaneamente impedida.
“O Artigo 84 do estatuto do clube prevê que qualquer associado possa entrar com pedido de impugnação de chapa ou candidato e houve 2 pedidos. Do doutor Manoel Ribeiro foi um processo antigo, dos tempos de DNIT, que é um processo que corria no TCU. Do doutor Hilton Benigno foi uma questão do Conselho Deliberativo, em que ele foi excluído do Conselho por falta. O estatuto diz que o candidato excluído não pode concorrer à próxima eleição, mas não determina a que cargo. Eles pediram isso e agora vai ser julgado pela Junta Eleitoral”, explicou Moscoso.
O presidente da Junta Eleitoral também esclareceu que a conclusão desse processo só poderá ocorrer após a análise da defesa dos dois candidatos impedidos. A Junta contará ainda com o auxílio do advogado Robério D’Oliveira, especialista em direito eleitoral e também presidente da Assembleia Geral do Remo.
“A partir do momento em que fecharam as candidaturas, agora vamos analisar todos os pedidos de impugnação, no caso, esses dois. Depois, eles (Manoel Ribeiro e Hilton Benigno) têm 48 horas para apresentar uma defesa e aí, diante da defesa deles e do pedido de impugnação, vamos analisar os documentos para poder dar um resultado final. Isso (impugnação) é só uma decisão parcial, não é definitiva. Vamos analisar como manda o estatuto, com toda a serenidade da Junta Eleitoral. Estamos com o amparo do doutor Robério D’Oliveira, que também é um grande advogado eleitoral, para que possamos tomar uma decisão de forma correta e que ninguém seja prejudicado, muito menos o Clube do Remo”, argumentou Moscoso.
As eleições do Remo estão marcadas para ocorrer no dia 10/11. Também serão eleitos novos membros do Conselho Deliberativo (Condel).
Globo Esporte.com, 17/10/2018