O Remo está eliminado do Campeonato Paraense Sub-20 depois de empatar, em 1 a 1, com o Carajás na tarde desta quarta-feira (31/10). No jogo de ida, os azulinos haviam perdido por 3 a 1, em Outeiro.
O Leãozinho deixa o torneio nas quartas de final, saída considerada precoce pelo próprio treinador da equipe remista, Breno Cunha.
“Estamos muito frustrados por conta disso, tínhamos a convicção de que poderíamos chegar mais longe. Quem viu o jogo por completo, sabe o que a gente fez. Quem viu as partidas, sabe o que a gente fez. A gente conseguiu fazer o gol no momento certo, conseguiu criar as oportunidades, mas não pode menosprezar a equipe adversária. O goleiro deles teve uma partida sensacional. Uma equipe que já foi campeã no Sub-17 e tem vaga na Taça São Paulo não é um adversário qualquer”, ponderou.
Porém, apesar da tristeza pela eliminação, Breno Cunha demonstrou outra preocupação. O técnico receia que os jogadores sejam desvalorizados por torcedores e dirigentes por não terem alcançado, neste momento, os resultados esperados.
“Acima de tudo, não podemos menosprezar a qualidade do adversário e também não fazer nenhum juízo de valor de nenhum atleta dessa geração. Os atletas têm muita qualidade, ganhar e perder faz parte do processo de formação. É interessante que a gente tenha, nesta agremiação, uma geração que sempre lute por títulos, no entanto, a gente precisa, nesse momento, abraçar a todos. A gente sabe que lá na frente o clube vai colher frutos com essa geração de que temos”, ressaltou Cunha.
Para esta partida, a equipe não pôde contar com 2 jogadores importantes, entre eles o artilheiro remista na competição, o atacante Wallace. Breno Cunha explicou a ausência das jovens promessas.
“Wallace está com Chikungunya ee Wenderson está há uma semana com dor nas costas. A gente não vai justificar as coisas, são coisas que acontecem no futebol. A gente entende que o publico é consumidor de um produto final e que eles queriam algo a mais, mas não vamos colocar a saúde de nenhum atleta à risco por conta da competição. Fizemos até onde podíamos, eles não tinham mais condições físicas de estarem na partida. Isso não era mais saudável e esporte e saúde são coisas que devem caminhar lado a lado. Temos um tanto de ética”, afirmou.
Na avaliação feita pelo treinador, a principal falha do Remo foi cair em momentos de desconcentração dentro das partidas – erro que foi destacado pelo próprio técnico em outros jogos, mesmo quando o resultado havia sido positivo.
“Não é um ataque ineficiente, a gente cria muita situação (de gol). A gente faz os ‘scouts’ no intervalo (dos jogos) e também no final, para ver onde estamos perdendo e ganhando bola, onde a gente estava finalizando, como estávamos chegando, se estávamos chegando como queríamos ou não. Acredito que a gente tinha um problema que desconcentrávamos muito no que a gente chama de ‘momento crítico’, principalmente na fase final do jogo. Desde a primeira partida tomamos gol no momento crítico. Trabalhamos isso, consegui em alguns jogos reverter. Hoje (quarta-feira) não tomamos gol assim, mas nos desorganizamos muito quando sofremos o gol”, lamentou.
Globo Esporte.com, 31/10/2018
