O Mangueirão não receberá jogos durante o mês de janeiro. A informação foi divulgada pelo titular da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL), Arlindo Silva, na tarde desta segunda-feira (14/01), durante uma reunião que também envolveu a Federação Paraense de Futebol (FPF), órgãos de segurança e os representantes dos clubes que disputarão o Parazão.
O estádio virou o centro das atenções da competição desde a semana passada, quando pedaços de reboco desabaram e danificaram assentos.
“Não gostaria de dar essa notícia. Infelizmente, em janeiro, se torna impossível o Mangueirão ter estado de uso para jogos. Segundo o Corpo de Bombeiros e a engenharia, já está sendo providenciado, até sexta-feira (18/01), um laudo do lado A e do lado B para detectar possíveis patologias do Mangueirão. Entendemos a situação dos clubes, mas a nossa preocupação é com a segurança”, disse o secretário da SEEL.
Segundo ele, uma empresa já está realizando reformas na área onde caiu o reboco.
O Remo deve ser o maior prejudicado com a interdição do Mangueirão, já que realizará todos os confrontos como mandante no Estadual na praça esportiva.
Foram discutidas algumas possibilidades de alterações nas datas dos confrontos do Leão, que faria, inicialmente, os 2 primeiros jogos fora de Beém. O primeiro seria contra o São Raimundo, no dia 26/01, em Santarém. No dia 31/01, o Leão seguiria para Tucuruí, para enfrentar o Independente, em Tucuruí. Os azulinos só voltariam a atuar na capital no dia 09/02, diante do Tapajós.
Esta situação causou descontentamento por parte do presidente Fábio Bentes, que ainda espera pela liberação do Mangueirão neste mês.
“Isso deve ser definido com um laudo. Inicialmente, teria o adiamento (do jogo contra o Tapajós) em uma semana, para o dia 27/01. A Federação colocou dificuldade em adiar, pois o jogo contra o São Raimundo será nessa data. Não estrear em Belém traz um prejuízo muito grande, não só financeiro, mas técnico. São dois jogos fora, se os resultados não forem favoráveis, como vai ser? Afasta a torcida, dificulta o campeonato. Não há uma sequência de estreia de nenhum clube com 2 jogos fora”, disse Fábio Bentes.
“A tabela já tinha sido anunciada com antecedência, com a ordem dos jogos. Há uma série de critérios que precisam ser obedecidos. Sei que o que aconteceu foi algo extraordinário, mas a gente precisa pensar no que é melhor para o Remo, sem descartar a segurança dos torcedores”, continuou o presidente azulino, enfatizando que o Leão já vendeu mais de 6 mil ingressos antecipados.
“Começamos a vender (ingresso) porque o Mangueirão estava liberado. Foi uma fatalidade, mas acho que precisa ser encontrada uma saída para o clube não ser prejudicado, uma compensação financeira ou liberação parcial, que é um caminho viável”, falou Bentes.
“Vamos brigar pela estreia no dia 27/01, em Belém, se o Mangueirão tiver uma liberação. Caso não, vamos ver a alternativa com uma possível compensação”, completou o dirigente do Remo.
A possibilidade do recebimento de uma compensação financeira por parte do Governo do Estado partiu do presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul. O time bicolor também sairia prejudicado com a interdição do estádio, pois o primeiro clássico Re-Pa da temporada deve ter uma nova data, saindo do dia 10/02 para o dia 17/02.
“A impossibilidade do Mangueirão atinge o coração financeiro de Remo e Paysandu. A renda de um Re-Pa é fundamental e a expectativa de não acontecer causa ansiedade e preocupação. De repente, a extensão do patrocínio do campeonato para compensar Remo e Paysandu, que se prepararam planejando despesas baseados em cima da informação de que o estádio estava liberado. Isso pode causar um efeito dominó para o restante da temporada, como a Série C, um buraco que, na pior das hipóteses, deve chegar a R$ 1 milhão e para o Remo pode ser bem pior. Isso (compensação) tem que virar uma pauta e ser negociado”, disse o mandatário bicolor.
O Campeonato Paraense 2019 segue mantido para iniciar no próximo final de semana. Apenas o confronto entre Remo e Tapajós, que aconteceria no domingo (20/01), foi adiado.
Globo Esporte.com, 14/01/2019
Isso é um claro indicador de um estado falido e acéfalo. Com instituições com iguais condições. FPF, fraquíssima. O órgão que cuida do Mangueirão, nem se tem adjetivos ruins compatíveis para qualificar. A administração do estado ainda é nova. Tudo bem! Tem que esperar para ver. Mas, esse problema se configurou na semana passada e o laudo ainda está por sair? Ainda estão por ir os peritos para avaliação? É brincadeira! Quanto ao Baenão, lembro, salvo engano, que o atual presidente, em campanha, disse ter investidores para investir no Remo. Onde estão? Sumiram? É, “ser pedra é facil, difícil é ser vidraça”. Ouvi falar, tomara que não proceda, que as previsões são para uso em agosto. Daí se “der zebra” no prognóstico o fim do ano já estará perto, ou melhor o para o ano que vem. Hehehehehe! Daí terá ido a metade do mandato. Mas, como Remista, torço para que tudo dê certo, pois o Clube do Remo precisa e a Torcida Azulina, tanto quanto.
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