Transações de atletas no futebol costumam independer da vontade dos clubes formadores. Prevalecem as leis do mercado. Quem pode mais, leva. Nem sempre de forma transparente. Foi mais ou menos assim com Rony, a maior revelação de atacante do futebol paraense nos últimos 20 anos.
O Remo, que teve Rony em suas divisões de base e serviu de vitrine para que ele se destacasse, não ganhou um tostão com a venda dos direitos econômicos do atleta. O arisco atacante foi negociado com um empresário por R$ 400 mil, mas o dinheiro até hoje não entrou no caixa remista.
Depois de repassado ao Cruzeiro (MG), Rony brilhou emprestado ao Náutico (PE), saiu para jogar no futebol japonês e foi repatriado no ano passado pelo Athletico (PR), onde se encontra mais em alta do que nunca. Aos 24 anos, encanta plateias com os dribles, gols e cambalhotas mortais como comemoração.
O curioso é que Rony surgiu nas divisões de base do Remo vindo de Magalhães Barata, chegou a ser descartado por algum gênio da escolinha do clube, mas teve a sorte de ser resgatado pelo olhar profissional e sensível de Walter Lima.
Por solicitação do treinador, o clube foi buscá-lo quando já trabalhava em uma oficina de conserto de motos, longe do futebol. Tempos depois, foi lançado no time titular por Agnaldo de Jesus e rapidamente virou ídolo da galera.
É claro que o Remo não tinha como reter o jogador por muito tempo, mas podia muito bem ter procurado negociá-lo com um mínimo de critério, transparência e responsabilidade.
O certo é que, 4 anos depois, Rony evoluiu, ganhou corpo, tornou-se um atacante mais completo e, pelo que vem jogando, deve terminar a temporada ainda mais valorizado. Os sites especializados já calculam seu valor de mercado em 900 mil euros.
Mais um daqueles casos típicos de revelação que rendeu lucro para todos, exceto para o clube de origem. Até quando?
Blog do Gerson Nogueira, 21/07/2019
Essa situação se deve ao apagão administrativo das últimas décadas que destroçou o brilho do Leão, destruindo seu estádio e deixando seus astros em ascensão serem arrematados a troco de banana…..Ufa!, ainda bem que agora tem gente séria e comprometida a resgatar esse brilho que tanto o clube precisa….
O Remo não consegue valorizar a sua prata de casa, uma pena!
Se o clube do remo ainda nao recebeu nada cadê a lei que favorece ao remo e só questionar na justiça o que falta então presidente ….vamos lá…
O Remo pelo menos tem direito aos 5% só clube formador? Ou será que nem isso os dirigentes se preocupam em correr atrás pra saber?!
eu me lembro da epoca em que o rosemiro formado nas categorias de base do remo se projetou no cenario nacional atuando em varios clubes como palmeiras, vasco e até participou em alguns jogos pela seleção brasileira, foi vendido a preço de banana, caso identico ao do rony aqui.
Pirão derrubou o estádio e vendeu 100% dos direitos do muleque….
A maldita lei Pelé que só ferra com os clubes menores,eu não entendo como os clubes não se mobilizam contra essa merda que só dá benefícios aos empresários que cada dia ganham mais.
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