Fábio Bentes
Fábio Bentes

“É muito desgaste”, foram as palavras que o presidente Fábio Bentes usou para se referir ao primeiro ano de mandato à frente do Remo.

Em 12 meses, a atual gestão fechará 2019 quitando dívidas após conseguir pagar a folha salarial de atletas e funcionários por inteiro.

Fábio Bentes avaliou o primeiro ano de gestão, falou sobre auditoria e revelou que não pretende ser candidato nas próximas eleições do clube, marcadas para o final de 2020.

Uma das promessas de campanha, a famosa “auditoria” ainda precisa de ferramentas para ser colocado em prática. O mandatário azulino confirmou que o processo esbarra em algumas questões primordiais para que se obtenha um resultado dos últimos 5 anos de gestões: documentos, ou a falta deles.

“A ideia não foi abandonada. Ela está em andamento, mas atrasou bastante por essa falta de documentos, pois não se consegue fazer esse tipo de trabalho sem documentação. Buscamos nos últimos 5 anos e não se possui algumas memórias (comprovantes)”, disse.

Bentes contou ainda que o assunto será tratado sem “estardalhaço”, já que a imagem do clube será preservada, mas garantiu que os responsáveis serão chamados para reuniões.

“Tudo isso será tratado internamente, mas (a responsabilidade pela ausência de documentos) vai ser encaminhada a quem é de direito para que se tomem providências”, comentou.

O clube já respira o pleito eleitoral que ocorrerá no final de 2020 e Fábio Bentes disse não se sentir à vontade para tentar a reeleição. O comandante azulino confessou que o desgaste é enorme e que contou que o trabalho da atual gestão será o de deixar um projeto em andamento para que outra pessoa possa conduzir a instituição.

“Entendo que é importante ter continuidade no projeto e não de pessoas. O projeto não é pessoal, é um caminho que ele precisa seguir daqui em diante, que é ter responsabilidade com os recursos e honrar seus compromissos. Não precisa ser o Fábio Bentes, pode vir outra pessoa e fazer”, salientou.

Aos 42 anos, Bentes espera entregar o Remo ao final da gestão com saúde financeira e sonha com o acesso à Série B do Brasileirão, competição em que o Leão não disputa há 12 anos.

“Hoje, não pretendo ser candidato. Claro que o futuro a Deus pertence. Aprendi que não podemos dizer ‘nunca’ na vida, mas isso (reeleição) não faz parte dos meus planos. É muito desgaste pessoal, profissional e, dentro do meu planejamento de vida, pretendo concluir os meus 2 anos de mandato e, depois disso, dar a vez para que outras pessoas contribuam com o clube. Se Deus permitir, que eles recebam o Remo melhor e, quem sabe, até na Série B”, concluiu.

O Liberal.com, 17/11/2019

4 COMENTÁRIOS

  1. Eu, como torcedor do Clube do Remo, agradeço ao Fábio Bentos por esse belo trabalho de organizar as finanças do clube e, que o próximo presidente dê continuidade para que o Remo possa trilhar o caminho do sucesso. Nossa torcida é a maior do Norte, deseja e merece ver o Remo no lugar de destaque no cenário nacional de onde nunca deveria ter saído.

  2. “Entendo que é importante ter continuidade no projeto e não de pessoas…”
    Tenho certeza que toda a verdadeira nação azul é grata pelo trabalho do Fábio. Caso ele não venha à nova candidatura, gostaria que lançasse um candidato com o mesmo comprometimento. Não pode mais haver retrocesso!

  3. Acredito que o trabalho realizado por Fábio Bentes é muito importante e ainda há muito por fazer, cometeu erros que comparados com os acertos tornam-se insignificantes. Vejo a necessidade de sua permanência como primordial para a continuidade do projeto e para que não deixemos o que foi construído até então ir por água abaixo nas mãos de aventureiros. O pior já passou, agora virá o tempo de bonança, quero acreditar que tal declaração se dá pelo fato de nos termos uma torcida extremamente exigente e pelos conflitos internos dentro do clube. Ainda falta um ano para terminar seu mandato, vamos aguardar ! Se não tivesse trazido a ameba (ER), sua gestão seria perfeita.

  4. Vaza Fabio!!! Ficamos gratos em não tentar a reinação pois já foi provado que não tens capacidade de assumir um clube como o Remo.

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