Salta aos olhos a evolução técnica do Remo desde que Paulo Bonamigo assumiu o comando, ainda no ano passado, em meio à disputa da Série C. A equipe deixou o estilo arrastão de lado e abraçou um cuidado maior com a organização, valorizando jogadas trabalhadas e correção nos passes.
As mudanças implementadas pelo treinador foram tão profundas que muita gente não lembra dos tempos de chutões, jogo aéreo irresponsável e a quase patológica mania de errar os passes mais básicos.
Era um tormento ver o Remo atuar, principalmente como visitante, quando quase sempre era sufocado até pelo mais fraco dos adversários. Todos os pecados vinham à tona na forma de timidez e insegurança nas apresentações fora de casa.
A era Bonamigo rompeu radicalmente com isso. Para os mais distraídos, pode não parecer grande coisa mas, esteticamente, o time evoluiu muito, sem ter se reforçado tanto desde que ele pegou o bonde andando na Série C.
Foram ideias bem aplicadas, conceitos básicos de compactação e boa distribuição em campo, além da utilização correta da função dos laterais. Com Bonamigo, os jogadores entram em campo claramente conscientes do papel que devem executar. Antes, a coisa era meio ao Deus dará.
A apresentação em Bento Gonçalves (RS) foi uma reafirmação dessa nova realidade. O Remo, agora contando com reforços a nível de Série B, mostrou-se firme, sólido taticamente e com variações de saída para o ataque.
Não se acomodou com a vantagem do empate. Tocou a bola conscientemente, envolveu o adversário afoito e começou a construir a vitória logo aos 20 minutos, em jogada exaustivamente treinada com Marlon avançando para dar assistência aos atacantes.
Interessante é que, nas outras participações recentes do Remo na Copa do Brasil, o grande fantasma era justamente a dificuldade de se impor em terreno inimigo. Ficava faltando sempre um detalhe a resolver, o time não engrenava e acabava sofrendo derrotas inaceitáveis.
A apresentação foi tão ajustada que nem mesmo a arbitragem negativa conseguiu prejudicar ou abalar a equipe. Claro que ainda existem detalhes a corrigir, como o encaixe da marcação no meio-campo, dependente ainda de maior entendimento entre a dupla de volantes Anderson Uchôa e Lucas Siqueira.
Desperdício de chances, hesitações da zaga e decisões erradas no penúltimo passe, como aconteceu em lances com Renan Gorne e Felipe Gedoz, não podem ser relativizados. É preciso treinar e corrigir, pois a meta principal é obviamente preparar o time para a duríssima Série B.
A tranquilidade decorrente da superioridade óbvia permitiu ao Remo se manter inabalável em momentos cruciais, quando o adversário passou a apelar para o antijogo e jogadas de intimidação.
Na entrevista pós-jogo, Bonamigo foi cirúrgico: elogiou a maturidade e a consciência tática da equipe. Sem deixar de valorizar a reestreia de Gedoz, fundamental para fazer o meio-campo funcionar em ritmo mais acelerado, apesar da aparente postura de cadenciar as jogadas.
Ocorre que, mesmo sem correria, o camisa 10 faz o jogo fluir porque é meia de passe direto, recebe e toca, o que faz o time todo se beneficiar e alargar espaços. Intenso, Gedoz também “pisa na área”, como os técnicos gostam de dizer. Como vive boa fase desde a Copa Verde, entrou confiante e isso se refletiu na produção.
O atacante Lucas Tocantins, por seu turno, estreou e deixou sua marca. Um gol importante no jogo e ponto de afirmação para um jogador que veio recomendado, mas que enfrentará concorrência pela titularidade.
O técnico admite que os jogos têm sido usados para dar entrosamento e padrão ao time, pois quase não há tempo de treinamentos repetidos. Além disso, é uma excelente oportunidade para equilibrar o nível técnico e físico de todos, inclusive dos recém-chegados.
O meia Renan Oliveira, que ainda busca espaço, apareceu de forma diferente no segundo tempo, mostrando preocupação com o jogo verticalizado e contribuindo ainda mais para o desembaraço de Dioguinho, peça mais livre e interessante deste promissor início de temporada azulino.
Blog do Gerson Nogueira, 19/03/2021
Agora e trabalhar o entrosamento e preparo fisico,pois o ano vai ser longo!!!!
Gostaria de fazer uma pergunta ao Bonamigo.
Pq ele insistia tanto com o Ermel, e não apostava logo no Dioguinho como a torcida pedia constantemente?
Você Gerson Nogueira sempre brilhante nas suas análises.
Até que enfim uma análise sem tendenciosidades. Algo realmente raro por parte dessa imprensa paraense mucurenta.
Se, não elogia abertamente, pelo menos, não menospreza, como quase sempre faz.
Espero, que como membro da imprensa esportiva regional, este escriba baionense mantenha a imparcialidade nos textos. Fazendo análises críticas, justas e, construtivas ao Clube do Remo.
Instituição que tem a simpatia da maioria do público aficionado por esporte no Pará, na Amazônia, no Brasil e, no Mundo.
O LEÃO ta no rumo certo, agora que atentar aqui pra direção do time não abrir mão do treino virtual sério, pois, somos sabedores que nosso próximo jogo é o clássico RExpa, o adversário ta confinado e treinamento as escondidas a parte física.
O LEÃO poderia fazer o mesmo, temos os alojamentos no Baenão, dai confinava o elenco e treinava a parte física dos atletas e recuperava os que estão necessitando de trabalho de recuperação.
Ano passado ficamos praticamente sem treinar no lockdown e perdemos o parazão pro preparo físico!
É momento de altíssima contaminação já com 3 mil mortes diárias no país, e com os hospitais sem disponibilidade de leitos e UTIs, ou seja, há muita gente morrendo sem ser hospitalizada. Os jogadores também são seres humanos e muitos estão com medo.
Além da exposição aos jogadores, comissão técnica e demais colaboradores do Remo, são 50 mil de multa diárias se for pego descumprimento o lockdown necessário para reduzir a contaminação.
Não vale a pena arriscar por um jogo de parazão.
Outra, o Remo perdeu o parazão por sabotagem do Mazola com esquema suicida de jogar atrás em decisão e que facilitou muito à mucura.
Olhem a diferença de um texto do Gérson Nogueira, para um do Carlos Ferreira. A impressão que passa é que o Carlos Ferreira fica revoltado quando o Remo tem alguma conquista. Nos textos dele parece que o Remo não tem mérito, são os adversários que são fracos, ele não consegue ser mais profissional que clubista. Gérson dá de 10 a 0 nele.
Exato Caio, o Gerson Nogueira é um jornalista de altíssimo nível, já o Carlos Ferreira é um fraco e tendencioso profissional.
Presidente Fábio Bentes, contrate o Alef Manga do Volta Redonda, um excelente atacante e pode ser aproveitado bem posições no ataque.
Bora pra cima meu Leãoooooo!!!
É bem verdade que o Bonamigo tem razão quando fala de evolução,o clube do Remo , vai ter que estar sempre evoluindo,futebol hoje é muito diferente do que 20 anos atraz,e dever do Clube do Remo evoluir,como os técnicos de futebol também. Graças a Deus o excelente técnico Bonamigo,tem visão para esta evolução.Vejamos a posição que o Clube do Remo está agora.
Att: Denis do Leão azul
Este lockdown de 14 dias onde a equipe não terá treino coletivo será péssimo para aumentar o entrosamento e ajustar ainda mais o desempenho tático e técnico do time.
Perfeita análise do Nelson Nogueira, esse sim é jornalista imparcial que sabe criticar quando preciso e elogiar quando merece, vê o fato como é. Aplaudo!
O nosso teste será contra o CSA, a partir daí poderemos realmente fazer algumas análises com mais consistência a respeito do comportamento atual dessa equipe que ainda encontra-se em montagem.
Assisti ontem a csa 2×1 santa cruz;time joga bem parecido com o Remo;tem jogadores experientes como Gabriel(ex fla e bahia),Pimpao(ex bota) e silvinho (ex criciuma).Os alas avancam muiti!
Sera um bom teste para o Rei da Amazonia.
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