O presidente do Carajás, Lindomar de Jesus, anunciou nesta sexta-feira (23/04) que desistiu da decisão de abandonar o Campeonato Paraense 2021. Segundo ele, a saída da competição afetaria o compromisso de outras equipes, que dependem dos resultados do clube de Outeiro na competição. Além disso, a desistência também traria prejuízos quanto aos contratos da equipe com patrocinadores.
“Refletimos hoje (sexta-feira) sobre isso, ouvimos jogadores, comissão técnica e assessoria jurídica. Por mim, sairia do campeonato, mas não posso me colocar a frente do Carajás. Ficamos em respeito aos jogadores, aos patrocinadores, aos outros times e à imprensa. A decisão de sair pode causar prejuízos ao clube”, explicou o presidente.
A saída do Carajás do Parazão 2021 foi anunciada na última quinta (22/04), quando a diretoria do clube anunciou que enviaria um ofício de desistência à Federação Paraense de Futebol (FPF). Em mensagem repassada para a imprensa, Lindomar não informava o que o teria motivado a tomar essa atitude.
No entanto, no anúncio desta sexta-feira (23/04), Lindomar abriu o jogo e disse que o principal motivo da desistência seriam erros de arbitragem. De acordo com o presidente, haveria um complô na FPF para “tirar o Carajás da Primeira Divisão” do Campeonato Paraense.
“Quem estava aqui ontem (quinta-feira) viu que o trio de arbitragem queria nos punir, nos tirar da Primeira Divisão, com um erro gravíssimo. O assistente anulou um gol legítimo, marcando impedimento”, contestou.
“Descobrimos, mais tarde, que o bandeirinha era vigia da Federação Paraense. Nada contra a profissão de vigia, que é digna, mas não se pode colocar funcionário da Federação para apitar jogo do campeonato”, disparou Lindomar.
A partida que Lindomar se refere foi contra o Paragominas, último colocado do grupo C da competição e concorrente direto da briga contra o rebaixamento. O jogo terminou 1 a 1, com o Carajás sofrendo o gol de empate no último minuto. De acordo com o dirigente do clube de Outeiro, a partida também não teve parada técnica, prevista em regulamento.
Além desse jogo, Lindomar fez acusações à arbitragem que comandou a partida entre Carajás e Paysandu, também pelo Parazão, apontando possíveis erros de arbitragem também em outros jogos do campeonato.
“No jogo do Paysandu, teve o lance de uma bola que saiu pela lateral e a arbitragem marcou escanteio. Logo em seguida, o Paysandu fez o gol. Além disso, tiveram casos contra o Itupiranga e o Independente”, revelou.
Segundo Lindomar, essa “perseguição” ao Carajás ocorreria devido à chegada do período de eleições na FPF. O presidente alegou que como não possui candidato à presidência definido, a Federação estaria privilegiando times que já tem votos determinados.
“Parece que querem nos colocar na Segunda Divisão, não sabemos o motivo. Lutamos para conseguir laudos para ter jogos aqui no (estádio) Mamazão. Gastamos mais de R$ 30 mil em laudos e depois descobrimos que tem time jogando em estádio sem laudo. Isso tudo me faz acreditar que tem a ver com a eleição deste ano”, acusou.
O Carajás está na 3ª colocação do Grupo B, com 5 pontos, brigando tanto pela classificação para as quartas-de-final, quanto contra o rebaixamento para a Segundinha de 2022. A última partida da equipe na 1ª fase está marcada para quarta-feira (28/04), às 15h30, contra o Castanhal, no estádio Modelão.
Globo Esporte.com, 23/04/2021
Se isso for verdade não é nenhuma novidade as federações esportivas dos Estados são comandadas pela CBF que já foi um antro de mafiosos presos e julgados e que ainda tem como vice o Coronel Nunes que envelheceu na FPF no poder e todos sabem que é puxa saco e pau mandado de peixe grande,uma vergonha.
Acusações sérias, precisam ser averiguadas. Só pode rolar muita grana nessas federações estaduais de futebol, por que os presidentes se perpetuam no poder.
Esse mesmo Carajás, desacreditado, perseguido e, possivelmente injustiçado, ainda será classificado à segunda fase do Parazão, talvez em 6° lugar, com 8 pontos e 2 vitórias.
Se o Tapajós não vencer, vai acontecer isso mesmo.
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