O Pará é um celeiro de jogadores de futebol, de onde vários atletas saíram e se destacaram pelo país e pelo mundo, mas para chegar a um patamar de jogar profissionalmente é uma batalha enorme. A maioria não possui estrutura familiar e não consegue conciliar a rotina de treinos, alimentação e descanso.
No Remo, alguns jogadores, a maioria da base, passam por um período de recondicionamento físico, como foi o caso de Pingo, um dos destaques do time na temporada.
O volante de 19 anos iniciou a carreira no Comercial de Ananindeua e está no Remo desde 2017, mas para chegar ao profissional e ter sequência dentro de campo, o jogador passou por uma série de trabalhos específicos realizados no Núcleo Azulino de Saúde e Performance (NASP).
Erick Cavalcante, fisiologista do Clube do Remo e que esteve à frente da sequência de trabalho realizada com os atletas, explicou o processo que os atletas costumam passar e o quanto isso é importante para o crescimento deles dentro de campo.
“Recebemos vários atletas com problemas, dos mais variados possíveis, mas quando o atleta vem da base possui dificuldades como o déficit de massa magra. Pingo passou por um trabalho da nossa equipe no NASP, repassamos ao nutricionista, montamos uma programação de pré-treino, equilíbrio e força e ele conseguiu ganhar de 6 a 7 quilos de puro músculo. Falo por experiência, o atleta da base no Pará é um herói”, disse.
Para Cavalcante, o ganho de músculo de Pingo possibilita mais resistência em campo, sendo que o volante remista é um dos que mais possui um volume de oxigênio do elenco azulino que disputou a temporada 2021.
“Faz tempo que futebol não é mais só dentro de campo, existe todo um trabalho fora dele para deixar os jogadores em condições de jogo. Pingo está em plena evolução, é jovem, tem potencial e possui um volume de oxigênio muito bom, ele consegue desempenho de 70% a 80% de um jogo de forma constante. Ainda sofre um pouco com câimbras, mas aos poucos vai mudando”, comentou.
O volante azulino saiu de 2 jogos na temporada 2019, para 8 em 2020 e, em 2021, disputou 24 partidas com a camisa do Remo, sendo 15 delas na Série B do Campeonato Brasileiro, além de marcar 1 gol, o primeiro dele no profissional.
O fisiologista azulino possui o apoio de outros 2 fisiologistas. Joyce Oliveira Martins faz análises de laboratório, enquanto Matheus Proença trabalha no campo, com análise de dados de GPS e frequenciamento.
Erick Cavalcante afirmou que esse problema de déficit não afeta somente atletas da base, mas é mais comum entre eles, por não terem um acompanhamento apropriado de uma rotina de treinos, alimentação e descanso.
“Trabalhamos com muitos jovens, mas também já tivemos casos de jogadores que atuavam em outros centros, mas é algo pontual. Todos os atletas da base passaram por isso e ainda passam, como é o caso do Tiago Mafra, onde iniciamos recentemente, além de Ronald, Warley, Thiago Miranda. O aspecto social contribui bastante para que eles cheguem com esse problema, mas aos poucos vão sendo corrigidos e melhorados”, falou.
A chegada do Centro de Treinamento do Remo possibilitou um acompanhamento melhor da base e, segundo Erick Cavalcante, com a forma como estão sendo trabalhados os garotos da base, a diminuição dos problemas serão significativas em um futuro próximo, mas algumas mudanças já são uma realidade.
“Temos um CT e agora as coisas estão caminhando mais tranquilas. Temos um acompanhamento maior, tanto alimentar, quanto fisiológico. Sabemos o que os jogadores estão comendo, além do descanso. Isso é um avanço gigantesco e vai ficar melhor, quando ocorrer a construção do NASP no local“, finalizou.
O Liberal.com, 19/12/2021
E ainda tem gente reclamando de terem comprado um CT…
O CT é um bem de altíssimo valor agregado para o crescimento do Remo, mas o torcedor passional não consegue perceber isso.
O CT é uma das coisas mais importante em um clube de futebol!
Relativamente ao jogador Pinto, acho que além do físico dele há que ser feito um trabalho na cabeça desse jovem, pois já deu para notar que ele é meio descontrolado emocionalmente. Se isso não for feito, vai viver sendo apenado com cartões, e marcado por árbitros.
Não resta dúvida que a aquisição do CT elevou o Leão ao patamar dos maiores Clubes do Brasil, é lógico que a arrecadação com a venda dos Títulos de sócio Remido demora vários meses conforme os parcelamentos, entretanto temos a certeza que o Leão tem orçamento suficiente para pagar os 50% restante do valor do CT e ainda ficará uma reserva. é apenas questão de tempo para este orçamentário virar financeiro. Assim que entrar todo financeiro com a venta dos Títulos então com a sobra a diretoria poderá planejar o inicio da Construção da Sede campestre ou a construção da arquibancada do Baenão do Lado das Mercês, já visando a ampliação da capacidade do Baenão para um dia poder receber um Público de 20.000,00 pessoas. Podemos afirmar que nos últimos anos o Leão avançou a passos largos ao ponto de se transformar numa grande potência do Esporte Nacional.
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