Embora nos confrontos entre as equipes na temporada, o Clube do Remo leve vantagem sobre o Paysandu, o técnico azulino Mercy Nunes, de 50 anos, não vê nenhum favoritismo de sua equipe no Re-Pa que vai decidir o campeão do Parazão Feminino.
O título da temporada acontecerá em 180 minutos, portanto, em jogos de ida e volta. Nos dois clássicos valendo pela fase de grupos, as Leoas bateram as bicolores pelo mesmo placar – 3 a 0. Porém, os confrontos foram, na visão de Nunes, “muito duros”, o que leva o treinador a apostar em uma final acirrada.
“Não nos colocamos na condição de favoritos”, afirmou.
“Os dois jogos que vencemos foram muito duros, só soubemos aproveitar as oportunidades que surgiram, mas o Paysandu também teve várias chances nos dois jogos”, ressaltou.
“Nosso time teve uma consistência maior na parte defensiva. Temos uma goleira que se dedica muito aos treinamentos e fez grandes defesas nos dois clássicos. Foram jogos bastante parelhos”, disse o técnico.
Nunes observou ainda que o time do Paysandu atual é diferente do que caiu nos dois clássicos passados.
“O time deles faz uma campanha bem melhor após ter nos enfrentado. Elas fizeram outros jogos e se saíram muito bem. Imagino que serão jogos bem difíceis”, argumentou o treinador, que busca o seu 7º título do Estadual feminino. Os 6 anteriores foram conquistados pela Esmac, clube no qual trabalhou por 13 anos até se transferir para o Baenão.
O fato de a final do Parazão ser entre os dois tradicionais rivais do futebol local, na opinião de Mercy Nunes, só valorizou ainda mais o campeonato.
“É uma final inédita. Isso, com certeza, vai abrir as portas da mídia”, comentou.
Nunes informou que não tem problema, tanto no que diz respeito a suspensões por cartão quanto a lesões no grupo de jogadoras que comanda. O treinador já até adiantou a equipe que deve mandar a campo.
“É nossa provável equipe, mas temos a reserva Ângela, que tem sido utilizada nos decorrer dos jogos e entrado muito bem”, finalizou.
Diário do Pará, 06/12/2022