Remo chega confiante para final contra o Mixto-MT no Brasileirão Feminino A3

O técnico Mercy Nunes é o nome responsável pela trajetória de superação do Remo na Série A3 do Brasileirão Feminino 2023.

Em entrevista exclusiva ao site da CBF, o treinador comentou sobre os objetivos do clube e a ansiedade para a grande final da competição. Neste domingo, o Remo enfrenta o Mixto (MT), na finalíssima da competição. No primeiro jogo, o time azulino foi derrotado por 2 a 0, no Baenão.

“Vamos com uma grande expectativa para esse jogo em Cuiabá (MT). Espero que a equipe possa fazer sua melhor apresentação, mesmo com o placar desfavorável da partida de ida”, afirmou.

“Controlamos bastante o jogo, tivemos boas oportunidades mesmo com o gramado muito encharcado, que prejudicou nosso toque de bola. Na nossa opinião, o resultado não condiz com o que foi a partida e vamos com a expectativa de fazer nossa melhor apresentação. Mesmo em solo adversário, vamos para surpreender e ser campeões lá em Mato Grosso”, completou o treinador.

No domingo (25/06), as Leoas entram na Arena Pantanal em desvantagem após a derrota no Baenão, mas isso não desestabilizou a equipe durante a preparação.

“Está sendo uma semana muito tranquila, uma semana de descanso e recuperação das atletas tendo em vista que tivemos uma maratona muito forte, com jogos sempre decisivos, pois é competição mata-mata, então é uma exigência muito forte, tanto física quanto emocional”, disse.

“Chegamos com desgaste nessa grande reta final, nossa equipe vem sentindo bastante, mas estamos nos recuperando e fazendo alguns ajustes táticos para que a gente possa fazer frente a equipe do Mixto (MT) nesta próxima partida”, acrescentou Nunes.

Mercy Nunes foi contratado em 2022, com o propósito de levar o Remo à elite do futebol feminino. No mesmo ano, a equipe foi campeã do Campeonato Paraense com uma campanha invicta, conseguindo assim a classificação para a Série A3 do Brasileirão Feminino, mas acabou sendo eliminado logo na 1ª fase.

Em 2023, o técnico continuou à frente das Leoas, liderando a trajetória da equipe, que conquistou novamente a vaga no Brasileirão com o bicampeonato estadual, tendo uma campanha vitoriosa na competição nacional, que resultou na vaga para a Série A2 em 2024.

“No ano passado, tivemos 4 perdas de grandes atletas que nos deixaram e tivemos que suprir essa carência. Demorou um pouco para a equipe engrenar novamente, mas tenho o hábito de manter o foco em uma equipe principal e isso faz com que as atletas tenham senso de coletividade e melhorem a performance coletiva”, explicou.

O treinador ainda ressaltou que, em agosto, já dará início ao planejamento para a próxima temporada.

“O Clube do Remo está com um planejamento bastante ambicioso, que possui 4 grandes metas. Conquistamos duas delas, que eram a vaga no Brasileirão A3 e a classificação para a Série A2. Vamos continuar com os planejamentos para que o Remo seja a referência do Norte”, afirmou.

Na primeira fase da competição deste ano, o Remo enfrentou o Ypiranga (AP), equipe que havia eliminado as Leoas em 2022. Na partida de ida, no Baenão, a equipe paraense não teve um bom desempenho, mas fez um jogo de volta intenso e cheio de emoção, garantindo a classificação na disputa de pênaltis.

“De lá para cá, tivemos uma franca evolução. Trabalhei bastante o jogo coletivo, o jogo integrado entre controle de bola e a verticalidade e as atletas foram aos poucos assimilando o trabalho. Chegamos na reta final surpreendendo até então alguns favoritos, como Recanto (AM) e VF4 (PB), que tinham o objetivo como o nosso também de subir, mas nosso trabalho evoluiu na hora certa. Subimos para a A2 e agora estamos disputando o título”, avaliou Nunes.

A final contra o Mixto (MT) não é a primeira situação em que o Remo precisa se reinventar no campeonato. Na semifinal contra o VF4 (PB), as Leoas perderam o jogo de ida por 2 a 0, em João Pessoa (PB), mas venceram a volta por 3 a 0, se classificando para a final.

“Após a partida contra o Ypiranga (AP), jogamos contra o IAPE (MA), depois contra o Recanto (AM) e, na sequência, fomos enfrentar o VF4 (PB). A partir desse jogo que perdemos e tivemos que fazer aquele placar de 3 a 0 aqui em nosso território, naquele momento fizemos um trabalho psicológico, um trabalho de força mental muito legal e isso aumentou bastante o foco e a concentração dentro de campo. A performance pessoal das atletas melhorou bastante e vimos uma crescente psicológica na nossa equipe e as atletas abraçaram esse trabalho”, analisou.

Site Oficial da CBF, 23/06/2023