Remo 1×1 Figueirense-SC (Rafael Silva, Rodriguinho e Muriqui) – Foto: Igor Mota (O Liberal)
Remo 1×1 Figueirense-SC (Rafael Silva, Rodriguinho e Muriqui) – Foto: Igor Mota (O Liberal)

Estádio lotado, festa nas arquibancadas, clima de celebração. Faltava apenas que o Remo fizesse sua parte, levando alegria aos torcedores. Quase conseguiu.

Fez um primeiro tempo consistente, ofensivo, pressionando o tempo todo. Fez 2 gols, mas apenas 1 valeu e saiu de campo aplaudido.

Na etapa final, o clima mudou por completo. O Figueirense (SC) reagiu, empatou e a empolgação deu lugar à frustração.

Insuflado pela massa torcedora presente ao Mangueirão (mais de 36 mil espectadores, sendo 31 mil pagantes), o Remo se lançou com volúpia ao ataque. Criou de cara duas boas chances com Kevin e Rodriguinho e fez um gol com Diego Ivo, aos 5 minutos, anulado erradamente pela assistente. Pelo menos 2 jogadores adversários davam condição ao zagueiro azulino no lance.

Aos 15 minutos, Pedro Vitor pegou a bola pela direita, investiu pelo meio e mandou um chute no ângulo. Um golaço, que fez o Mangueirão tremer. Foi o momento mais festivo e feliz para a torcida azulina, que fez um espetáculo maravilhoso.

Além do gol, o Remo era o time que mais tomava iniciativa. Usava os lados, principalmente com Lucas Marques e Pedro Vitor. Tinha boa troca de passes entre Pablo Roberto, Muriqui e Rodriguinho.

O Figueirense (SC) se encolheu e não criou nenhum ataque que incomodasse a zaga azulina. Vinícius não fez nenhuma defesa. Parecia um desfile azulino.

Além do gol de Pedro Vitor, Pablo e Rodriguinho tiveram nos pés a chance de ampliar o marcador.

Só havia um descompasso no ataque – o estreante Rafael Silva destoava, era uma peça decorativa. Quando a bola chegava nele, era como bater em um muro.

Veio a segunda etapa e, surpreendentemente, tudo mudou. Se o time catarinense foi acuado no primeiro tempo, depois do intervalo o recuo foi azulino, um recuo fatal.

Sem o volante Anderson Uchôa, que sentiu uma lesão e precisou ser substituído, a proteção à zaga diminuiu. Claudinei entrou, mas virou uma espécie de zagueiro adiantado, sem a mobilidade que Uchôa tem.

No meio-campo, Pablo Roberto e Rodriguinho foram engolidos pela marcação do Figueirense (SC), que já contava com o ágil Léo Artur. Circulando na intermediária e se aproximando do ataque, ele foi peça fundamental na reação adversária.

Aí veio o golpe fatal nas pretensões remistas. Ricardo Catalá substituiu Pedro Vitor e Pablo Roberto de uma tacada só, colocando em campo Marcelo e Jean Silva. Ambos não conseguiram fazer o que o Remo mais precisava naquele momento – jogadas que devolvessem a ofensividade perdida.

A precipitação na troca de Pedro Vitor, principalmente, custaria muito caro ao Remo. Com Rafael Silva improdutivo, Muriqui longe da área e os laterais ocupados em marcar os avanços pelos lados, o Leão perdeu competitividade e passou a assistir à movimentação dos visitantes. Com Pedro Vitor, o Remo tinha um atacante agudo, que incomodava a marcação.

Catalá alegou depois do jogo que tirou o jogador porque ele já não conseguia ajudar na marcação. Ora, o jogo exigia coragem e presença de ataque!

Sem um atacante capaz de furar a marcação, o time passou aviver de contra-ataques. O problema é que as chances surgidas nos contra-ataques foram mal aproveitadas. Jean Silva perdeu duas oportunidades e Richard Franco, que entrou nos minutos finais, errou no toque final para Muriqui entrar na área, livre de marcação.

O empate parecia se desenhar a cada nova investida catarinense e a falta de Anderson Uchôa pesava ainda mais. O Remo esperava o Figueirense (SC) em seu campo, atraía o adversário e se atrapalhava na marcação.

Em cima do lateral-esquerdo Kevin, o Figueirense (SC) armou suas principais jogadas. Duas delas terminaram em cabeceios que explodiram na trave de Vinícius. Primeiro com Gustavo França, depois com Nicolas.

Logo em seguida à cabeçada de Nicolas, o rebote ficou com Jean Silva junto à área, mas ele não soube proteger a bola. O adversário retomou e Léo Artur recebeu na área para chutar em direção ao gol. A bola desviou em Diego Guerra e entrou.

O empate deixou o jogo inteiramente aberto. Era lá e cá, mas o Figueirense (SC) tinha as rédeas do confronto. Afinal, havia obtido um empate que parecia quase impossível. Nicolas ainda teve boa chance para virar o placar.

O fato é que, além da decepção para a torcida, o empate frustrou também a chance de consolidar uma arrancada azulina. Com a vitória, o time entraria para o G8 pela primeira vez, subindo 5 posições, passando a ocupar o 8º lugar. Com o empate, o Leão segue na 13ª colocação e ainda pode ser ultrapassado após os jogos que completam a rodada.

O Remo volta a campo neste domingo (02/07), a partir das 19h, para enfrentar o Floresta (CE), no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE). O jogo é válido pela 11ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

Blog do Gerson Nogueira, 26/06/2023

9 COMENTÁRIOS

  1. Aliás, Remo é um time especialista em causar frustração à sua torcida, são 5 anos de frustração com este gestor inapto,

  2. Essa frescurite do Catala com o Pablo Roberto so prejudica o clube! Nessa hora que uma diretoria forte acabaria logo com essa situacao, mas esse bando de bunda mole nao fazem nada.

    Por sinal, a diretoria poderia deixar os royalties de lado e garantir logo a pontuacao para fugir do rebaixamento…. Depois disso, nao me importo de voltar a colocar os protegidos pra jogarem outra vez.

    Diretoria, por favor, pecam, pelo menos, tres jogos la para os empresarios de “free trial”…. Precisamos garantir logo essa permancia.

  3. Mexeu errado e tem que admitir!!!Deveria ter entrado com Kanu de 9 e no 2’tempo com Ronald na extrema esquerda.

    • Concordo! O Kanu, tenho certeza, faria melhor. Esse centro-avante, assim como Marcelo, tiveram uma atuação. Imagine que, por ocasião das contratação, disseram que estavam prontos para jogar porque estavam compondo elencos e em atividades. Pô! Então não tem outra justificativa, os caras são muito ruins, mesmo. Quanto ao Ronald, é bom jogador, merece chances e oportunidades para ganhar ritmo de jogo, entretanto, tenho observado que muitas das vezes em a situação se configura para a oportunidade dele entrar, ele está no DM. Não tem sorte esse jogador!

  4. Frustração esporte clube ! Esse sim deveria ser o nome do Clube do Remo ou Amaldiçoado esporte clube pqpr.

  5. A realidade é que o time cai muito de qualidade e força ofensiva sem o Pablo Roberto e o Pedro Vitor.

    Mas Catalá errou feio nas substituições. Pior ainda de ter sacado do time o único jogador efetivamente agudo e protagonista atual do time, pois se o Pedro Vitor não estava mais dando conta de marcar, bastava o treinador o ter liberado só para atacar e colocar um meia para ajudar a marcação da lateral.

    • Exato, poderia ter colocado o Lucas Mendes pra ajudar o Lucas Marques que se esforçou muito, e tirava o Rodriguinho que não tem a menor condição de puxar contra ataque, e colocaria o PR pela esquerda. Era uma opção. Mas ele queria de qualquer jeito colocar o Marcelo, disso tenho certeza, foi um jogador que já jogou com ele e ele tem confiança. No próximo jogo, ele vai colocar, já que o PR puto, levou amarelo e não joga.

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