O Remo estreou com goleada no Parazão, mas a tarde da torcida azulina não foi só de festa. Com um calor intenso em Belém, torcedores passaram mal durante a partida e alguns relataram até desmaios.
Para amenizar os sintomas do calor, os azulinos tentaram se hidratar de forma adequada, mas foram proibidos de entrar no estádio com garrafas e ainda surpreendidos com o preço da água, que estava custando R$ 10, segundo um torcedor do Leão.
“O torcedor sofre com os preços abusivos de água, cerveja, pipoca e afins, que são muito abusivos. Uma água de copo que é vendida no mercado no valor de R$ 1, estava sendo vendida no preço de R$ 10 dentro do estádio. Cabe aos órgãos públicos e ao clube verificarem esses preços abusivos”, enfatizou o estudante Caio Pinheiro, que estava presente no Mangueirão durante a vitória do Remo diante do Canaã.
O torcedor Rodrigo Castro comentou que não é permitido levar garrafas aos estádio da capital paraense, já que os torcedores são barrados nas catracas, fato que contraria uma portaria do Ministério da Justiça publicada em 2023.
“Tem uma portaria que libera a entrada de copos e garrafas para consumo de água própria, mas nos estádios aqui em Belém isso não existe. Se você levar seu copo ou garrafa é proibido de entrar com ele no estádio pelo pessoal que fica nas catracas. Já vi diversas pessoas saírem das filas ou para guardarem seus copos ou simplesmente deixando lá na frente”, disse.
A portaria nº 35/2023, publicada em novembro do ano passado pelo Ministério da Justiça, estabelece estratégias destinadas à proteção da saúde dos consumidores em shows, festivais e quaisquer eventos, especialmente expostos ao calor, em períodos de alta temperatura:
Art. 1º – Esta Portaria estabelece as estratégias destinadas à proteção da saúde dos consumidores em shows, festivais e quaisquer eventos especialmente expostos ao calor, em períodos de alta temperatura e dá outras providências.
Art. 2º – Nas circunstâncias descritas no artigo 1º, as empresas responsáveis pela produção dos eventos deverão:
- Garantir o acesso gratuito de garrafas de uso pessoal, contendo água para consumo no evento, devendo disponibilizar bebedouros ou realizar distribuição de embalagens com água adequada para consumo, mediante a instalação de “ilhas de hidratação” de fácil acesso a todos os presentes, em qualquer caso, sem custos adicionais ao consumidor;
- Garantir que tanto os pontos de venda de comidas e bebidas quanto os pontos de distribuição gratuita de água estejam dispostos em regiões estratégicas do local evento a fim de facilitar o acesso pelos consumidores, consideradas a estrutura física e a quantidade estimada de participantes; e
- Assegurar espaço físico e estrutura necessária para assegurar o rápido resgate de participantes do evento, em caso de intercorrências relacionadas à saúde e demais situações de perigo.
O Remo publicou uma nota nesta segunda-feira (22/01), esclarecendo que obedece o plano de contingência exigido pela Federação Paraense de Futebol (FPF) e diversos órgãos envolvidos no evento.
O clube dedicou parte da nota para esclarecer sobre quem estava responsável pela cobrança da entrada no estacionamento do Mangueirão durante o jogo contra o Canaã, que também gerou questionamento dos torcedores azulinos.
Leia a nota na íntegra:
Obedecendo o plano de contingência exigido pela Federação Paraense de Futebol e assinado com os mais diversos órgãos envolvidos no espetáculo, a proibição se refere apenas e exclusivamente aos recipientes, estando proibido copos térmicos, garrafas e materiais perfurantes. Tudo pensando na segurança de quem faz e prestigia o espetáculo, evitando ainda minimizar as possibilidades de um prejuízo no caso de arremesso de objetos para o gramado e punições, como já ocorreram em outras oportunidades. Copos plásticos descartáveis são permitidos. O staff que trabalha em dia de jogo está orientado sobre o assunto.
Outro esclarecimento importante a ser dado à torcida azulina é sobre o preço da água vendida nos bares do estádio: R$ 5! Aos ambulantes, o clube repassa com valor de R$ 1 a menos, justamente para que eles possam ter um lucro com seus trabalhos. A abusividade no valor não parte do Remo, que inclusive já estuda alternativas para coibir esse tipo de situação e o torcedor, nosso maior patrimônio, não seja lesado.
Mais um fato que ganhou repercussão é sobre o estacionamento. O Remo esclarece que o mesmo foi terceirizado e assim deve ser feito nos demais jogos em que o Clube for o mandante.
Globo Esporte.com, 22/01/2024
Estive lá Domingo ! Foi roubo oque fizeram com a torcida do Remo um copo d água 10 reais.Outro ponto a ser questionado esse estacionamento 30 reais,sem nenhum conforto se chover pegamos chuva q não tem p onde correr,se é sol e delascar nao tem uma cobertura no estacionamento não pega Internet.Tudo proibido cheio de frescuras.Vou ficar em casa mesmo vendo os jogos
A quem cabe a responsabilidade deste descalabro ??? Da administração do estadio? Orgãos públicos? pqp fazerem isto com a torcida…
Os responsáveis por essas medidas administrativas, precisam revê-las com extrema urgência!!!
1. Valor do estacionamento levando em consideração o custo benefício levantado pelo colega Alexandre e a renda per capta do povo Paraense que não é a mesma de outros estados do sul e sudeste
2. Crime contra a lei do consumidor e da necessidade básica de manutenção da vida do ser humano que é o consumo de água! 10 reais por um copinho de àgua!!!
Ano passado Num show no RJ uma mulher morreu por desidratação!
Isso que está sendo feito a muito tempo nos jogos do REMO é crime, preço abusivo é crime!
Temos de pressionar os órgão repodáveis para tomarem uma atitude, ou só vão agir quando alguém morrer?
Absurdo,acho que Diretoria não pode tirar o corpo fora dessa situacao;mesmo terceirizado,tem que dotar as regras para quem vai efetivar o serviço!!
Concordo plenamente,sou torcedor do Remo mas sou contra essa atitude de ficar tirando da sua responsabilidade e querendo encontrar culpados,daqui a pouco os culpados seremos nós torcedores que encaramos uma verdadeira via-sacra pra chegar no estádio e passar por todos esses constrangimentos.
Por isso muitos estão optando ver em casa,em bares ou mesmo em casa de amigos.
O clube do Remo precisa mudar esse absurdo e falta de respeito com o consumidor ou seja seus torcedores urgentemente,lembrando que os jogos passam ao vivo pela TV no conforto de nossas residências ou bares, então não pode e nem deve acontecer esses problemas com quem se dispõem a pagar ingresso e ir contribuir e incentivar o clube azulino.
“Novo” Mangueirão, velhos problemas de sempre. Filas quilométricas que simplesmente não andam, vc passa 30 minutos numa fila pegando sol e chuva até chegar na catraca, e quando chega a catraca não lê o seu ingresso e vc perde mais tempo. Colocaram aqueles acentos mau dimensionados que não dá pra passar quando alguém está sentado. Sem falar do acesso que não tem um fiscal de trânsito orientando em toda transmangueiŕão. Levei meu filho criança porque tem que ensinar a ser Remista, mas ida ao estádio é desmotivante.
Copinho de água que custa 0,75 centavos a unidade no supermercado, sendo vendido a 5reais nos bares e a 10 reais pelos ambulantes, é um um assalto ao torcedor e a Diretoria do Remo não pode tirar o corpo fora, tem que responsabilizar os que estão achacando os torcedores ,e esclarecer esse preço exorbitante no estacionamento. Providências no próximo jogo são cruciais. Alo Procon abre o olho pra esses aproveitadores.
Gosto muito de futebol , mais deixei de ir ao estádio por essa humilhação em cima do torcedor , não sei se um dia irei voltar.
Nao vou mais, muito roubo, que estacionamento é esse? Isso é o entorno dp do mangueirão , o remo vai ganhar no estacionamento e no comercio de bebidas e vai perder no ingresso, hj ja vai perder cinco ingressos
Hoje o Remo não vai perder nada. O mando é do Castanhal.
As “raposas” estão tomando conta do “galinheiro”. Hoje no jogo contra o Castanhal virá a resposta do público que IRIA de carro, eu um deles. Gastei R$ 80,00 40 do ingresso, 30 Estácionamento e 10 na água. Hoje vou economizar esses 80. Uma verdadeira máfia está se beneficiando do futebol paraense. Clube não é isento, nem a diretoria.
Fica claro que é um conjunto de responsáveis ou melhor de irresponsáveis pelo ocorrido no jogo. Espero que todos os que sentiram lesados, busquem os serviços públicos e privados de proteção ao consumidor. É importante se fazer ouvir, usem procon, reclame aqui, ministério público, etc. Só não adiantará chegar aqui e reclamar, mas se omitir de buscar melhorar a situação para todos. De “novo” o Mangueirão só tem os tantos milhões investidos que fazem falta para outras áreas prioritárias do povo paraense, mas isso é um problema político e não esportivo.
A Diretoria Azulina não pode, simplesmente dizer que o “serviço de estacionamento foi terceirizado”.
A responsabilidade total é da diretoria. Tem que responder alguns questionamentos:
Quem comprou o direito de explorar o serviço?
Qual o valor desta “terceirização” para o Clube do Remo?
Qual seria a margem de lucro, coerente com condição da clientela?
No final, esta decisão poderá se tornar “um tiro no pé”, do próprio LEÃO.
Caro torcedor, vivemos num pais capitalista, livre mercado, lei da orfeta e da procura, temos quantos Remos hoje no nercado. Alguém em sã consciência, acha que o atual elenco do Remo, atletas de alto desempenho sera pago com ingresso a 10 pilas, estacionamento de graca, ou copinho de agua a 2 paus. A torcida não quer time de serie A, espera ai, o maior do norte não vale ou não merece isto.
“O Remo é do tamanho que o torcedor quiser” – Sérgio Papellin
Comments are closed.