A menos que o acesso para a Série B seja conquistado no fim da temporada, o ano de 2024 do Clube do Remo será lembrado pela derrota para o Porto Velho (RO), que valeu a desclassificação da Copa do Brasil.
O elenco rondoniense tem uma folha salarial 10 vezes menor que a do Leão e comemorou o feito como um título, ao passo que para o time azulino deveria ter sido uma vitória protocolar.
Depois do vexame e da ameaça – que não se confirmou – de troca de comando na equipe, o técnico Ricardo Catalá foi mantido no cargo, mas tem que dar uma resposta rápida. Campeonato Paraense e Copa Verde passaram a entrar no rol das obrigações.
O confronto deste domingo (25/02) é contra o Águia, às 17h, no Baenão, que deve ter um dos menores públicos do ano, a julgar pela reação dos torcedores nas redes sociais. Será um reencontro “agridoce” para os azulinos, que perderam a decisão do Estadual do ano passado justamente para os marabaenses.
Para apimentar mais o jogo, o Azulão vem de uma surpreendente e convincente classificação na Copa do Brasil. O Águia venceu o Coritiba (PR) por 3 a 2, no estádio Zinho Oliveira, e chega com a motivação em alta, em busca da vaga antecipada para a 2ª fase do Estadual.
A equipe azulina deve mais uma vez ser bem diferente da que atuou pela última vez. Catalá não tem conseguido repetir a mesma formação de um jogo para o outro. A defesa, de novo, é o maior alvo das reclamações – e não é por menos.
Os remistas têm falhado seguidamente nas jogadas aéreas, que passaram a ser mais exploradas pelos adversários. Porém, o meio-campo e o ataque também têm sido muito questionados. Com exceção do meia Camilo, o setor vem passando por uma espécie de rodízio nas demais posições.
No ataque não vem sendo diferente. O centroavante Ytalo jogou no sacrifício em Porto Velho (RO) e pode mais uma vez ficar como opção. Por outro lado, Echaporã tende a voltar ao time.
Uma possível tranquilidade momentânea para atletas e comissão técnica depende do que acontecer no Baenão. Não vai adiantar apenas vencer, é preciso mostrar serviço.
Mais do que um futebol vistoso, é preciso comprometimento, domínio e imposição, dando adeus à imagem ruim que quase todos os torcedores ainda tem marcada na retina por causa da Copa do Brasil.
Um dos poucos que tem sido poupado de maiores críticas por parte da torcida, o meia-atacante Marco Antônio também foi um dos poucos a falar desde a derrota em Porto Velho (RO). Ele vem batendo na mesma tecla desde então, com a necessidade de dar uma resposta para a torcida.
“Temos que mudar nossa postura dentro de campo, sermos mais agressivos, ter mais vontade de ganhar os jogos. Acho que é isso que a torcida fica mais incomodada. A gente tem que vencer e convencer para mostrar para nossa torcida o que a gente veio fazer aqui nesse clube”, disse.
“A gente tem 3 competições agora, Copa Verde, Parazão e Campeonato Brasileiro. Acho que a gente tem que ser campeão de algum desses, porque a gente tem que dar uma resposta para nossa torcida”, completou Marco Antônio.
O jogador sabe que mesmo uma vitória pode não ser suficiente para pôr fim à desconfiança da torcida, mas que a situação obriga a ele e seus companheiros a vencerem a qualquer custo. Marco Antônio pregou, inclusive, uma maior força mental para encarar o desafio.
“Acredito que vai ser um jogo muito difícil contra a equipe do Águia. Qualquer resultado que a gente tiver, vamos ser cobrados. Temos que trabalhar nosso psicológico”, apontou.
O Remo deve entrar em campo com: Marcelo Rangel; Thalys, Reniê, Ligger e Raimar; Renato Alves, Henrique e Camilo; Marco Antônio, Echaporã e Ribamar (Ytalo).
O técnico Mathaus Sodré deve escalar o Águia com: Axel Lopes; Bruno Limão, David Cruz, Betão e Alan Maia; Fabiano, Júnior Dindê, Kaique e Hitalo; Wander (Iury Tanque) e Braga.
A arbitragem da partida fica por conta de Marco José Almeida, auxiliado por Jhonathan Leone Lopes e Carlos Eduardo Benevides.
Diário do Pará, 25/02/2024
Incógnita, assim vejo esse time do Remo.
Tonhão está se mostrando pior do que o Bentes na presidencia do Clube do Remo.
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