Em tempos de crise, cavalo dado não se olha os dentes. De graça, até injação na testa. Os ditados populares nunca foram tão bem ajustáveis no Baenão como nos dias de hoje. Depois de um mar de problemas, a diretoria do Clube do Remo tem conseguido se reestruturar aos poucos, contando com a ajuda de abnegados, torcedores e simpatizantes. Tudo graças aos esforços de uma turma interessada em devolver o status de “Filho da Glória e do Triunfo” ao Leão.
Com o caixa vazio e a credibilidade em baixa, porém, só um milagre para sair do vermelho. É o que vem tentando operar o presidente Zeca Pirão e a sua turma, com um discurso afiado e ousado. “Qualquer torcedor ou empresário que queria vir ajudar o Remo, nós aceitamos. Porque para mudar um estádio é preciso muito. Ao somar tudo, você que é uma reforma cara”, ressalta o presidente.
Graças ao poder de barganha no meio social, o Remo conseguiu mudar o que antes parecia apenas um sonho. “Mudamos desde o piso, que foi todo refeito, o gramado e a estrutura dele, a parte do blindex, a pintura das arquibancadas, rede de água toda nova”, detalha Pirão.
Nos últimos dias, a maior prova da parceria tem sido ofertada pela própria torcida. “As vendas das camisas 33 é que estão ajudando a bancar os salários das novas contratações. É por esse motivo que pedimos aos torcedores que continuem comprando, pois dependemos dessa renda, tendo em vista que montamos um time muito forte e competitivo”, destaca.
Diário do Pará, 19/12/2013