Assoremo
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O presidente da Associação de Sócios do Remo (Assoremo), o advogado Thiago Passos, criticou o adiamento do debate e da votação, em Assembleia Geral, do novo Estatuto Social do clube que institui, entre outras coisas, o voto direto nas eleições presidenciais a partir de 2014, além de novos mecanismos de fiscalização administrativa e até a possibilidade do mandatário máximo do clube sofrer impeachment, em caso de má gestão.

A Assembleia Geral estava marcada para a noite de ontem (27/06), na sede social da avenida Nazaré. Na quarta-feira, porém, o presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Ribeiro, determinou o adiamento da reunião de sócios para agosto sob a alegação de falta de tempo para analisar as 30 emendas propostas por torcedores na semana passada, além do fato de não ter conseguido publicar um edital de convocação chamando todos os 10 mil associados da agremiação para a votação.

Thiago Passos disse ter sido pego de surpresa pelo adiamento, uma vez que esperava a aprovação do novo Estatuto Social do clube até o fim deste mês. Ele afirmou que os sócios querem votar o documento, que teria apoio também da maioria da torcida. Por isso, considerou “falta de respeito com os sócios remistas” o adiamento da votação.

Por isso, o advogado considera que o motivo do adiamento da reunião foi meramente político. Segundo ele, os atuais dirigentes temem a democratização do clube, uma vez que ela poderá acarretar a perda de poder dos grupos que há décadas comandam os destinos do Leão Azul. “Além do voto direto, os ‘cardeais’ temem que algumas emendas propostas pela Assoremo e por outros sócios sejam aprovadas, como aquelas que determinam a perda do direito de voto dos grandes beneméritos e a antecipação do término do mandato do Condel e do Codir (Conselho Diretor) para o dia 16/11 deste ano, com a realização de uma nova eleição para os dois órgãos”, argumentou.

Para Thiago Passos, as justificativas apresentadas por Manoel Ribeiro não passam de uma manobra evasiva para tentar desmobilizar os associados e torcedores do clube. “Para mim, está muito claro que o Manoel Ribeiro agiu de má-fé neste caso. Ele sabia que precisaria publicar o edital de convocação para a Assembleia Geral e, deliberadamente, não o fez. Ele sabia que o edital era necessário para dar legalidade à Assembleia Geral, e utilizou isso como argumento para o adiamento”, acusou.

Amazônia, 28/06/2013