O Conselho Deliberativo (Condel) do Remo autorizou na noite de quarta-feira (18/09) que o presidente Zeca Pirão negocie uma possível venda da área anexa ao Baenão, conhecida popularmente como “Carrossel”. O dirigente fez uma exposição dos motivos que o levaram a considerar a venda do patrimônio como única forma de quitar a maior parte dos débitos com a Justiça do Trabalho. De acordo com ele, as negociações com empresas locais que visavam o aluguel em comodato do espaço não avançaram e a ameaça do terreno ser levado a leilão é iminente.
Pirão explicou aos conselheiros azulinos que a Justiça do Trabalho já deu um prazo de 15 dias para que o clube encontre um comprador para o “Carrossel”. Passado este prazo, a área que permanece penhorada em favor de alguns dos maiores credores do clube deverá ser levada a leilão para quitação do débito.
No início da semana, o presidente remista, acompanhado de seu vice, Maurício Bororó, e do assessor contábil Francisco Rosas, estiveram reunidos com o corregedor do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Belém, Marcos Augusto Lousada Maia. Durante o encontro, o juiz fixou o dia 02/10 como último prazo para que a definição se o Remo venderá ou alugará o terreno, que hoje estaria avaliado em aproximadamente R$ 15 milhões. Caso a hasta pública seja realizada, porém, o valor do imóvel pode cair pela metade.
Agora, com a autorização do Condel, Zeca Pirão deve apresentar pelo menos duas propostas de compra na reunião extraordinária marcada para a próxima segunda-feira (23/09). Caberá ao Conselho avaliar se alguma das ofertas é realmente interessante. Na reunião de anteontem, o dirigente, teria adiantado que ao menos dois grupos empresariais já teriam manifestado intenção de fazer uma proposta para adquirir o “Carrossel”. No entanto, ele não divulgou qualquer valor oferecido por esses interessados.
O Liberal, 20/09/2013