O Baenão também é meu
O Baenão também é meu

Não é só através das ações da diretoria do Clube do Remo e seus parceiros comerciais que o Leão tem conseguido se reerguer fora de campo. O conjunto de tarefas executadas na estrutura do estádio Baenão, contempladas pelos esforços da atual diretoria, agora conta com o apoio de uma turma de peso que, independente da falta de obrigação, faz questão de colocar a mão no bolso para ajudar na reforma.

Assim nasceu a campanha “O Baenão também é meu”, criada para arrecadar argamassa, que objetiva ajudar na conclusão dos tobogãs localizados nas arquibancadas que dão fundo para as avenidas Almirante Barroso e 25 de Setembro.

“No começo, esse grupo tinha o objetivo de arrecadar mais sócios para o Remo, aí o Nelson Abrahão foi até o presidente e perguntou se havia algo para fazer. Ele olhou para os tobogãs e disse que lá seria uma opção de ajuda. Daí direcionamos a ideia para concluir a parte e aumentar a capacidade do estádio”, explica o professor João Marinho que, ao lado de Nelson, Leopoldo Harley e outros, deu vida à campanha.

Segundo ele, dois engenheiros fizeram uma reavaliação do local e constataram que serão necessárias cerca de 300 sacas de argamassa, além de um vasto material para obras. “Foram constatados vários problemas pequenos, mas que podem comprometer na frente. Então foi desenvolvido um plano para reparar e baseado nisso tudo surgiu a ideia”, prossegue.

De 15 pessoas, o grupo já conta com 110 participantes e tende a aumentar com o sistema de doações proposto que até o momento já arrecadou mais de R$ 1.000,00. “No momento estamos trabalhando com doações, porque a argamassa não tem aqui, daí procuramos uma empresa que faz um material semelhante. No entanto, nós dispusemos uma espécie de conta conjunta com duas pessoas de confiança do grupo para haver o máximo de transparência possível”, assegura.

O tempo de obra pode levar de 2 a 3 meses, dependendo da quantidade de equipes reunidas para trabalhar, todos sem ônus financeiro para o clube. Atualmente, as arquibancadas da Almirante Barroso e 25 de Setembro comportam 5 mil pessoas cada. Após a reforma, a previsão é que aumente para 8 mil. Se somado aos as cadeiras e camarotes, a capacidade do Baenão tende a alcançar 20 mil lugares.

Diário do Pará, 28/12/2013