Muito discutido nos últimos três meses de 2012, por conta da eleição que manteve Sérgio Cabeça na presidência, o novo estatuto do Remo ainda é um projeto em votação no Conselho Deliberativo para depois ser submetido à Assembleia Geral. O clube segue regido por uma “constituição” que teve a última grande reforma em 1998.
O Conselho Deliberativo deve ter reuniões mensais. Entretanto, a sessão de 25/03 foi cancelada pelo presidente interino Raphael Levy, atrasando mais ainda o processo.
Até agora o Condel aprovou 90% do texto. As propostas de emenda restantes deverão ser votadas nas três próximas sessões, ficando a votação da Assembleia Geral para o segundo semestre. Estão aprovados os artigos mais polêmicos: Eleições Diretas (associados votando para a presidência do clube) e Responsabilidade Fiscal do presidente, que poderá responder com o próprio patrimônio por prejuízos graves que causar ao clube por dolo ou negligência na gestão.
Eleições Diretas e Responsabilidade Fiscal são dois passos de extrema relevância para o futuro do Leão Azul.
As próximas sessões do Conselho Deliberativo do Remo para tratar de estatuto estão marcadas para os dias 29/04, 27/05 e 17/06. Antes da reunião do final de abril, porém, poderá haver uma sessão extraordinária para compensar a sessão de março, que não aconteceu. Pelo menos há uma articulação nesse sentido. Decisão é do presidente Manoel Ribeiro, que está reassumindo o cargo depois de uma licença médica.
Tal como no Paysandu, a partir do novo estatuto, a eleição de conselheiro no Remo será individual, não mais compondo chapa. Há uma emenda para redução do quadro, que atualmente é de 100 conselheiros. O Condel remista tem ainda 40 beneméritos, 10 grandes beneméritos e 6 ex-presidentes como conselheiros natos. A partir do novo estatuto, ex-presidentes não serão mais eternizados no Conselho Deliberativo.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 11/04/2013
[colored_box color=”yellow”]Atualização – 12/04/2013
Raphael Levy, vice-presidente do Condel do Remo, diz que não foi ele quem cancelou a sessão do dia 25/03. Esclarece que o cancelamento foi feito antes da sua interinidade, pelo presidente Manoel Ribeiro, que pretende programar uma sessão extraordinária antes do dia 29/04, data da próxima ordinária. A preocupação é não prejudicar o processo de aprovação do novo Estatuto do clube.
Com Eleições Diretas já aprovadas, Levy lembra que haverá rigor nas condições para candidatura, sobretudo na exigência de ficha limpa. Sobre a Responsabilidade Fiscal, Levy cita a perda de vínculo de atletas (por negligência ou dolo) como um dos motivos para o presidente sofrer o comprometimento do próprio patrimônio. Ainda neste semestre o Conselho Deliberativo deverá concluir a votação de emendas, mas o novo Estatuto só terá legitimidade depois da aprovação da Assembléia Geral.[/colored_box]