Foram praticamente 5 anos de muita discussão, encontros, desencontros e polêmicas. Mas na noite do último dia 13/08, em Assembleia Geral, o Clube do Remo aprovou o seu novo estatuto. “Ele veio para democratizar o Remo em todos os sentidos, sobretudo, com mais transparência”, garante Ângelo Carrascosa, conselheiro do clube e um dos advogados responsáveis pela elaboração do novo estatuto azulino. A principal novidade é a eleição direta para presidente a partir do próximo ano, que já tem até data para acontecer: dia 08/11/2014.
Agora, o Remo está sob vigência de um estatuto moderno, baseado no dos principais clubes do país que, mais do que instaurar a eleição presidencial através do voto direto, é mais rigoroso com os gastos financeiros. “Existiam artigos no antigo estatuto sobre isso, mas eles não eram claros. O atual traz organização e obriga o Codir (Conselho Diretor) a fazer prestação de contas”, explica o elaborador do projeto.
Tudo começou há oito meses, quando Carrascosa e outros com cinco conselheiros foram nomeados pelo presidente do Conselho Deliberativo (Condel), Manoel Ribeiro, para corrigir um erro em um dos artigos do estatuto.
“Já se falava nesse estatuto há mais de 4 anos. Primeiro, uma comissão elaborou um. Depois, veio uma segunda que acabou por fazer outro estatuto. Em novembro do ano passado, fomos chamados e fizemos o compartilhamento dos dois estatutos para se chegar a um só”, conta.
Ao todo, mais de 140 artigos formam o novo estatuto. No dia da votação, 31 emendas foram colocadas para discussão e, assim, o documento oficial foi finalizado. “Só estou fazendo revisões ortográficas”, explica Ângelo.
Um dos artigos cobra organização da diretoria. Segundo Carrascosa, o presidente Zeca Pirão tem até o próximo o dia 13/09 – exatamente um mês após a aprovação do estatuto – para apresentar o planejamento financeiro de sua gestão. A partir dessa idealização, ele precisará fazer sua prestação de contas a cada quatro meses, mas ele poderá fazê-la mensalmente se preferir.
Diário do Pará, 25/08/2013