O presidente do Remo, Sérgio Cabeça, não vai se deixar levar pela pressão dos opositores que pedem sua saída. Ele garantiu a membros de sua diretoria que não irá renunciar ao cargo para o qual foi eleito em dezembro de 2012. Após a eliminação do clube no Campeonato Paraense, sacramentada pela derrota por 3 a 1 diante do Paragominas, na final da Taça Estado do Pará, o mandatário tem sido pressionado por torcedores e por um grupo de associados – a Assoremo (Associação de Sócios do Remo) -, que falam até em solicitar o impeachment.
Os opositores reclamam, entre outras coisas, do enfraquecimento do time de futebol, do grande número de contratações, dos altos salários pagos a jogadores de qualidade duvidosa e de promessas não cumpridas, como a aprovação do novo Estatuto do clube e a adoção do regime de eleições diretas. A tentativa de forçar a renúncia de Cabeça seria justamente uma maneira de antecipar as eleições presidenciais que estão previstas apenas para o final de 2014.
Sérgio Cabeça, por seu turno, diz que não pode “desapontar” os sócios que o reelegeram. No fim de 2010, a chapa “Reconstrução e Seriedade”, encabeçada por ele e Manoel Ribeiro, venceu a eleição para o Conselho Deliberativo com 605 votos, contra 505 da chapa “Diretas Já Juventude Azulina”, capitaneada por Henrique Custódio e Orlando Frade. No final do ano passado, Cabeça foi reeleito para mais dois anos de mandato, dessa vez trazendo como vice-presidente o vereador Zeca Pirão.
“O presidente Cabeça não vai renunciar ao cargo de forma alguma. Ele foi eleito legalmente e vai cumprir seu mandato até o fim. Infelizmente as coisas não funcionaram como gostaríamos, mas não é por isso que ele vai desistir do clube”, garantiu o diretor de futebol Maurício Bororó.
O Liberal, 08/05/2013