Zeca Pirão e Sérgio Cabeça
Zeca Pirão e Sérgio Cabeça

Duas semanas após pedir licença da presidência do Remo para cuidar da sua saúde, Sérgio Cabeça comunicou no início da tarde desta segunda-feira que vai renunciar ao cargo. Com isso, Zeca Pirão, vice, só espera a oficialização da renuncia de Cabeça para ser empossado o novo mandatário máximo do clube.

“Agora é só questão de oficializar a renúncia do Sérgio Cabeça para ser o novo presidente do Remo. Recebi essa notícia com grande tristeza, pois ele foi um grande presidente, apaixonado pelo Remo, que se preocupou em ter caráter e pagar dívidas de gestões passadas. Eu não faria isso, procuraria muito mais preservar a minha administração. Mas ele é um exemplo de gestor e temos que entender os motivos que o levaram a tomar essa decisão”, disse Zeca Pirão, sem falar os motivos da renúncia de Cabeça.

Zeca Pirão afirmou que vai continuar com a política de descentralizar a gestão do Conselho Diretor (Codir), abrindo espaço para opiniões dos demais dirigentes, conselheiros e sócios azulinos. De acordo com ele, a criação dos 10 grupos de trabalho para desenvolver estratégias que possam conseguir recursos financeiros e modernizar a gestão do Remo será o ponto central da sua administração. Pirão ainda vai indicar o seu vice.

“Vamos continuar tocando o Remo da mesma forma desde que o Cabeça tinha feito o pedido anterior do afastamento de 90 dias para tratar da saúde e assumi o Remo. A partir da próxima semana, os 10 grupos de trabalho entram em prática e faremos uma nova administração aberta para todos, contando com o apoio dos associados”, revelou.

O engenheiro Sérgio Cabeça Braz, de 65 anos, não teve êxito no futebol profissional do Remo. Em 2011, início do seu primeiro mandato como presidente, não classificou o clube para o Campeonato Brasileiro da Série D e nem conquistou o Parazão. No ano seguinte, novo fracasso no Estadual, mas garantiu o time na Série D e na Copa do Brasil. Porém, sem chegar ao acesso à Terceirona.

Um dos grandes trunfos do dirigente foi a redução das dívidas trabalhistas. Em conjunto com o vice-presidente jurídico do Leão, Ronaldo Passarinho, o Remo reduziu o déficit na Justiça do Trabalho em quase R$ 3,5 milhões. Porém, no final do mês passado a Justiça do Trabalho bloqueou, através da conta no Banpará, o patrocínio do Leão com o Governo do Estado. O clube teria um débito de mais de R$ 10 milhões com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que inclui a falta de recolhimento de impostos dos funcionários e jogadores.

Globo Esporte.com, 08/07/2013