Logo após receber a confirmação da vitória nas urnas, Pedro Ernesto Vasconcelos Minowa, 75 anos, não conteve a emoção. Em sua primeira entrevista como presidente azulino, expressou toda a sua alegria.
“Para mim, a emoção é a maior da minha vida. Não ficaria tão feliz se vencesse o Governo do Pará. O Clube do Remo não tem uma torcida, tem uma nação com 5 milhões de habitantes. Para mim, que comecei como um simples verdureiro no Ver-o-Peso nos anos 70 e hoje sou presidente de uma empresa de estacas de concreto, com projetos em todo Estado, é a emoção maior nessa idade chegar no lugar mais alto do pódio”, definiu Minowa.
Derrotado em eleições anteriores para presidência do clube, o novo mandatário azulino afirma que sua vitória é um sinal da mudança dos tempos. “Quando a eleição era fechada, nunca tive chance e perdi 3 vezes. Na primeira vez que ela foi aberta, venci e venci 2 vezes. Então, não é apenas uma vitória do Minowa ou da Chapa 2, mas uma vitória da justiça”, afirmava.
Minowa não entrou em muitos detalhes sobre as mudanças imediatas que deve promover no clube, mas ajudou a delinear alguns pontos importantes, como quitar a dívida com os funcionários e pagamento do 13º salário, especialmente na área do futebol.
“Vamos procurar fazer o quadro de sócios-torcedores crescer. Queremos, no final do mandato, deixar o clube com 10 mil a 15 mil sócios e pensamos em adotar algumas promoções, como descontos nas mensalidades para familiares”, disse.
Outro ponto destacado por ele foi o estádio do Baenão. “Atualmente, ele comporta de 10 mil a 12 mil pessoas, mas sem torres de iluminação, não podemos fazer jogos noturnos. Temos duas empresas interessadas e esperamos até o final de janeiro fechar o acordo”, disse Minowa. A previsão da obra completa, no entanto, não é para cedo. “Se Deus nos ajudar, talvez em julho, mas o mais correto mesmo é para o final do próximo ano”, disse o novo presidente.
Diário do Pará, 15/12/2014