Assim que a votação foi encerrada, pontualmente às 17h, as 10 urnas foram colocadas no centro do ginásio Serra Freire, ao lado da mesa responsável pela apuração. Juntaram-se a elas os candidatos e seus respectivos vices, para acompanhar o andamento da contagem. Uma a uma, as urnas foram abertas, mas em 5 delas, a Chapa 1 acusou irregularidades na diferença entre quantidades de assinaturas e votos.
“Foi uma eleição democrática, mas o que não pode acontecer é isso. Qualquer juiz que veja uma urna com diferença de votos não permitiria nem a contagem. Então, 50% deu certo e 50% errado. Era para impugnar a eleição”, disse Zeca Pirão, que perdeu a eleição por uma diferença de 18 votos, segundo ele, perfeitamente reversível caso não houvesse os erros apontados por ele.
“Nós ganhamos a eleição nas urnas. Eles também queriam a impugnação, mas como no final ganharam com uma diferença pequena, não quiseram. A verdade é que nós ganhamos a eleição. Deu um total de 20 votos e nós perdemos por 18”, argumentou. O pedido foi encaminhado à mesa diretora, composta por Carlos Gama, Roberto Porto e Altemar Paes, este o único a votar contra o pedido.
“As urnas estavam com os fiscais e, se houvesse alguma irregularidade, deveria ter sido impugnada na hora, mas não fizeram. Entendo que deve ser respeitado o voto do associado. Portanto, a minha decisão é pelo não acatemento. Contudo, a comissão é composta por três pessoas e os outros dois votaram por adiar a decisão até segunda-feira (10/11)”, explicou Paes.
Diário do Pará, 10/11/2014