Enquanto aguardava a decisão oficial, Zeca Pirão manteve-se ao lado de seus apoiados e membros da diretoria. A todo momento, uma informação nova chegava, exceto a que mais importava. Quando veio, o dirigente não segurou as lágrimas e, abraçado à filha, extravasou em prantos a aflição que se estendia até aquele momento.
“O Remo é maior que todos nós e espero que isso se resolva o mais rápido possível para continuar o trabalho”, declarou Pirão.
Segundo ele, a medida foi a mais acertada porque houve forte indício de fraude, além de que, mesmo os pedidos de impugnação tendo sido registrados em ata, o presidente da Comissão Eleitoral resolveu prosseguir contagem do votos.
“As urnas foram impugnadas antes da conferência e ele (Altemar Paes) teve a liberdade de conferir, mas isso foi registrado em ata antes da contagem. Quando pegar essa ata, vou entrar com o recurso pedindo a presidência imediatamente”, avisa.
“Das 10 urnas disponíveis, 5 foram impugnadas, sendo as duas primeiras antes da contagem dos votos, que representaria motivo suficiente para não contabilizar essas cédulas”, continuou.
A solução apresentada por ele é aumentar o mandato do presidente, garantindo que tem metas a cumprir, independente do resultado e da nova data. “Eles vão decidir amanhã (terça-feira, 11/11) para colocar o presidente de volta até que se resolva. Os prejuízos são muitos, porque deixamos de fazer diversos projetos. Vou viajar para fechar com a empresa que vai fazer os camarotes e cadeiras. Vou fazer meu papel para não prejudicar tanto quanto o Remo já está sendo prejudicado, mas se for preciso, entro até no Supremo”, prometeu.
Diário do Pará, 11/11/2014