Agrônomo responsável pelo gramado do Mangueirão, Raimundo Mesquita marcou história quando vestia a camisa 10 do Remo, na década de 70. Ídolo do clube, ele lamentou o momento do Remo, desde a eliminação precoce na Série D do Brasileirão até a anulação das eleições presidenciais.
“Infelizmente, estão jogando o Clube do Remo por água abaixo. Tenho conversado com alguns ex-jogadores e o principal assunto é este absurdo que estão fazendo com um clube de tanta tradição. É tanta desorganização que ninguém sabe quem é quem, onde está, o que faz. Sinceramente, é impressionante!”, falou.
As eleições para escolher o novo mandatário azulino aconteceram no último sábado (08/11), na primeira eleição direta da história do clube. Pedro Minowa foi eleito presidente, mas o candidato derrotado, Zeca Pirão, pediu a impugnação do pleito por suspeita de fraude em parte das urnas. A Comissão Eleitoral da agremiação acatou o pedido, anulou a eleição e marcou uma nova votação para o dia 13/12.
“Neste momento em que o time suou – e muito – para ganhar o Campeonato Paraense, mas caiu feio na Série D, o clube precisa de união e não de briga. Isto é uma bagunça! Na minha opinião, as chapas deveriam se unir e todos deveriam pensar juntos para ajudar o Remo”, comentou.
Perguntado o que faria se estivesse na cúpula remista, Mesquita deu a receita. “O clube está mergulhado em dívidas. Primeiro teria que estudar formas de pagar isto e focar na base. Os caras que estão aí têm que procurar olhar com mais respeito para a base, de onde já nasceu tanto jogador bom. Hoje, temos vários jogadores de qualidade, que usam a qualidade em favor do Remo, diferente dos medalhões que são contratados todos os anos”, ensina.
Atualmente, o Leão aguarda o processo eleitoral para iniciar o planejamento para a temporada de 2015, quando jogará Parazão, Copa Verde e Copa do Brasil. Para jogar a Série D, o clube terá de ficar, no máximo, atrás apenas do Paysandu (e do Águia, caso se classifique para a segunda fase) no Parazão.
ORM News, 14/11/2014
